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Do amianto à energia solar, redenção da Eternit (ETER3) faz ação saltar mais de 300% em 2020

Fabricante de telhas se prepara para concluir a recuperação judicial ao final de 2021, depois de lançar produto sustentável para a classe C

Por Daniele Madureira

07/12/2020 | 9:29 Atualização: 07/12/2020 | 9:29

Luís Augusto Barbosa, CEO da Eternit (Foto: Divulgação)
Luís Augusto Barbosa, CEO da Eternit (Foto: Divulgação)

Reinvenção, o conceito que dominou o ambiente corporativo e o cotidiano pessoal em 2020, começou a ser aplicado pela Eternit (ETER3) antes mesmo da pandemia. Fundada na década de 40, a tradicional fabricante de telhas deixou o famigerado amianto para trás, vendeu a operação de louças e metais sanitários e agora se dedica a um produto sustentável, a telha fotovoltaica, que capta a luz solar para a produção de energia elétrica. A reestruturação dos negócios veio na esteira da recuperação judicial da companhia, iniciada em março de 2018, e já deixa boas impressões na B3: o papel ETER3 acumula alta de 324% em 2020 até o fechamento de sexta-feira (4), quando a ação atingiu R$ 16,92. Nos últimos 30 dias, o salto foi de 49%.

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“Foi a decisão de abolir o amianto, em 2017, que nos levou à recuperação judicial”, diz o presidente da companhia, Luís Augusto Barbosa, em entrevista ao E-Investidor. “A empresa previu a dificuldade de operar sem a matéria-prima e procurou se prevenir”, afirma o executivo, que diz não ver fatos pontuais que justifiquem a alta da ação. Entre setembro e novembro, a Eternit foi questionada cinco vezes pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a movimentação atípica dos papeis.

Para Barbosa, o movimento reflete a percepção do mercado de que a empresa está fazendo a lição de casa na recuperação judicial. “A reestruturação foi concluída no segundo trimestre deste ano e, a partir do terceiro trimestre, passamos a operar apenas com os negócios que queremos manter”.

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A Eternit deixou de fabricar as icônicas caixas d’água e se concentrou nos negócios para “cobertura”, as telhas de fibrocimento e as telhas de concreto vendidas sob a marca Tégula, além da a produção de fibra de propileno, grande parte usada para consumo próprio. No mês passado, a fabricante antecipou parte dos pagamentos aos credores e ainda possui imóveis, cuja venda mais do que compensa o que    deve dentro do plano de recuperação judicial. “Nossa recuperação está encaminhada e pode ser concluída até o fim de 2021”, diz Barbosa, ressaltando que todos os ativos vendidos (com exceção da fábrica de louças sanitárias) são não operacionais.

Com as telhas fotovoltaicas, a ideia é abrir um novo capítulo na história da Eternit e renovar sua imagem, ainda muito associada ao amianto. Barbosa diz, porém, que os produtos fabricados a partir da matéria-prima nunca representaram um risco para o consumidor. “Tenho 60 anos e já dormi sob telhas de amianto e já bebi água de caixas d’água produzidas com o material, isso nunca fez mal a ninguém”, diz o executivo, que no currículo tem passagens por Rhodia e Alcoa, tendo chegado à Eternit em 2017 para conduzir a reestruturação da empresa. Barbosa ressalta que o risco está na inalação do amianto e que a construção civil no Brasil, diferentemente do que era praticado na Europa e nos Estados Unidos, nunca usou o produto como revestimento. O presidente da Eternit reconhece, no entanto, que o risco era real para os trabalhadores da linha de produção. “Mas isso foi resolvido ainda nos anos 80, com o uso de máscaras”.

Depois de registrar no terceiro trimestre de 2020 lucro de R$ 40 milhões, com base apenas na operação da empresa (e não da venda de ativos), a Eternit percebe que a vida pode ser bem melhor sem a matéria-prima controversa. Do ponto de vista fabril, o amianto é realmente sedutor: a fibra mineral aguenta altas temperaturas, apresenta boa qualidade isolante, tem flexibilidade, durabilidade, incombustibilidade e resiste ao ataque de ácidos. Além de tudo, é barato. Mas tempos depois se descobriu que o corpo humano não consegue expelir as partículas inaladas do material. As fibras do pó estimulam mutações celulares, que dão origem a tumores capazes de causar câncer de pulmão, entre outros males. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 107 mil pessoas morrem por ano em todo o mundo por doenças causada pelo amianto. O tempo entre a contaminação e o agravamento da doença pode ser longo.

Em julho de 2019, uma lei sancionada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) autorizou a extração e a exportação do amianto crisotila no estado. No alvo da decisão, a mineradora Sama, controlada pela Eternit, localizada na pequena Minaçu, com cerca de 35 mil habitantes. A lei estadual contrariou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2017, proibiu a produção de amianto no país por considerá-lo cancerígeno e potencialmente danoso à saúde. A Eternit segue com a operação na Sama, mas agora para atender apenas o mercado externo, com seu nível de produção reduzido a um terço do original.

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No Brasil, a companhia tem como principal rival a francesa Saint-Gobain, dona de um quarto do mercado de telhas, fatia semelhante à da Eternit. Os outros 50% estão pulverizados entre oito competidores de menor porte. “A imagem da Eternit está mudando”, diz Barbosa. “Se antes a empresa era associada a uma matéria-prima questionável, agora se volta à energia renovável”.

E-Investidor – A história da Eternit pode ser dividida entre antes e depois do amianto?
Luís Augusto Barbosa – Em 2017, a companhia parou de usar amianto na produção de suas telhas. Isso exigiu um investimento muito grande na mudança do processo fabril, foram muitos ajustes ao longo dos anos 2018 e 2019. A fibra de polipropileno, produzida na nossa unidade em Manaus, passou a substituir o amianto. Tivemos menor produtividade e maior refugo, o que impactou a rentabilidade e a geração de caixa, com a interrupção da atividade de mineração [de amianto]. Já sabíamos que seriam anos difíceis, por isso pedimos a recuperação judicial, de forma preventiva. Nosso plano praticamente não tirava recursos da operação, foi feito a partir da venda de imóveis, com exceção da fábrica de louças e metais sanitários do Ceará, a Companhia Sulamericana de Cerâmicas. A venda da CSC por R$ 102 milhões não só cobriu uma categoria de credores, como praticamente paga a próxima. E ainda temos mais dois imóveis para serem leiloados, entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. A recuperação judicial está encaminhada e temos chances de sair dela no fim do ano que vem.

Quais as principais medidas desse período de recuperação judicial?

Nós deixamos os negócios em que a companhia não era competitiva, como louças e metais sanitários, ou que não geravam resultados, como caixas d’água. Ficamos no negócio de cobertura, com telhas de fibrocimento e telhas de concreto. São negócios operacionalmente rentáveis, como apontou o resultado do terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, reduzimos os custos fixos, enxugando a estrutura corporativa. Com isso, chegamos a 2020 muito mais preparados em termos operacionais. O lucro de R$ 40 milhões do terceiro trimestre veio exclusivamente da operação – e não da venda de ativos, como ocorreu em trimestres anteriores.

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A chegada da pandemia atrapalhou a nova fase da empresa?
Levamos um susto com a pandemia e com o impacto que isso poderia provocar na nossa receita. Os meses de abril e maio foram mais difíceis, mas a construção civil foi um dos setores mais beneficiados pelo auxílio emergencial do governo federal, além de ser estimulado com uma taxa de juros reduzida. Também as lojas de construção foram consideradas essenciais e permaneceram abertas, o que fez crescer a participação da construção civil no orçamento do consumidor.

Mas o auxílio emergencial termina este mês. Como estimular o consumo em 2021?
No último trimestre, o auxílio emergencial já foi reduzido à metade e a demanda continua muito boa no setor de construção. Ainda temos uma taxa de juros baixa e a pandemia persiste – o que faz com que o consumidor fique mais tempo em casa e gaste menos em serviços como lazer e viagens. Isso ajuda o setor. Acredito que, mesmo com o fim da pandemia, vai ser observada uma mudança no comportamento das pessoas e tudo o que se refere ao lar e ao bem-estar será considerado importante. Estamos otimistas com 2021.

A grande aposta da Eternit está nas telhas fotovoltaicas, mas não é um produto caro para o mercado brasileiro?
Vencer esta barreira foi o que nos motivou a entrar neste mercado. A telha de fibrocimento é voltada para um segmento mais popular, enquanto as telhas de concreto são mais caras. Os consumidores de classe média e média alta podem instalar um painel solar fotovoltaico nas suas casas, o que não é acessível para o pessoal de baixa renda, justamente quem nós queremos atender com este produto. Para isso, é preciso eliminar vários componentes. Um painel, por exemplo, precisa de uma estrutura de alumínio, suportes para fixação, camada de vidro sobre a fotocélula. Nosso produto é bem mais simples: a fotocélula é aplicada diretamente sobre a telha, que é instalada da maneira comum, sem a necessidade de reforçar a estrutura do telhado.

O produto funciona bem?
Nós já temos a homologação do Inmetro, e agora estamos fazendo testes de durabilidade no exterior, na Alemanha, porque não existe este tipo de teste no Brasil. Um projeto como este precisa durar de dez a 20 anos. Nossa expectativa é ter os resultados no início do ano e começar a venda da telha fotovoltaica no segundo trimestre. Enquanto isso, aqui no Brasil, escolhemos 20 projetos-piloto para testar o produto e acompanhar seu desempenho. São casas, comércios e instalações da agroindústria, como galpões para criação de frango e áreas de confinamento de boi.

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E quanto ao preço?
A estimativa é que a telha de concreto fotovoltaica seja entre 10% e 15% mais barata que a instalação de um sistema com painel solar fotovoltaico tradicional. Se for com a telha de fibrocimento voltaica, a estimativa é uma economia de 20%. A vantagem da telha fotovoltaica é que ela não tem o custo de instalação de um painel, que costuma ser alto. Quem tem uma telha comum só vai precisar substitui-la por uma fotovoltaica. O sistema também é modular: o consumidor não precisa comprar todas as telhas de uma vez, pode fazer uma cobertura parcial em um ano e, no ano seguinte, completar.

* Colaborou Elaine Ortiz, de São Paulo

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