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Mercado

Fechamento de mercado: Ibovespa perde os 100 mil pontos com piora em Nova York

Fechamento de mercado: Ibovespa perde os 100 mil pontos com piora em Nova York
Mulher observa oscilação das ações da B3, em São Paulo. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
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  • Nesta segunda-feira, expectativas dos investidores de que os resultados das empresas norte-americanas tenham sido melhores do que se esperava contribuíram para o avanço das bolsas asiáticas e europeias
  • Em Nova York, após operarem boa parte do pregão no terreno positivo, Nasdaq e S&P 500 inverteram o sinal e fecharam em queda após a notícia de que o governo da Califórnia ordenou o fechamento de algumas atividades, em meio ao avanço da pandemia de covid-19
  • Aqui no Brasil, a piora dos índices acionários nos EUA influenciou o Ibovespa e o dólar. O índice fechou com queda de 1,33% e o dólar avançou sobre moedas de países emergentes e frente ao real subiu 1,25%
  • Na agenda econômica local desta terça-feira, destaque para a divulgação do IBC-Br de maio. No exterior serão conhecidos os índices de preços ao consumidor no EUA e na Alemanha e a produção industrial da Zona do Euro

Nesta segunda-feira, expectativas dos investidores de que os resultados das empresas norte-americanas tenham sido melhores do que se esperava contribuíram para o avanço das bolsas asiáticas e europeias.

A busca por ativos de risco também foi amparada pela aceleração do processo de análise de duas vacinas contra a covid-19 nos EUA.

Em Nova York, após operarem boa parte do pregão no terreno positivo, Nasdaq e S&P 500 inverteram o sinal e fecharam em queda após a notícia de que o governo da Califórnia ordenou o fechamento de algumas atividades, em meio ao avanço da pandemia de covid-19. Tensões comercias entre EUA e China também foram monitoradas.

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Aqui no Brasil, a piora dos índices acionários nos EUA influenciou o Ibovespa e o dólar. O índice fechou com queda de 1,33% aos 98.697 pontos. O dólar avançou sobre moedas de países emergentes e frente ao real subiu 1,25% cotado aos R$ 5,39.

Na agenda econômica local desta terça-feira, destaque para a divulgação do IBC-Br de maio. No exterior serão conhecidos os índices de preços ao consumidor no EUA e na Alemanha e a produção industrial da Zona do Euro.

Economia

Pesquisa Focus

Nesta semana, os analistas estão mais otimistas em relação à atividade econômica, aumentando as estimativas para o PIB de 2020 – isso ocorreu depois dos números de produção industrial e vendas de varejo melhores que o esperado para maio, e apesar do volume de serviços mais fraco que o esperado no mês. Na frente da inflação, os economistas revisaram suas previsões para 2020, apesar do IPCA de junho abaixo do esperado na semana anterior – provavelmente devido a uma recuperação mais rápida da atividade.

Setores em Foco

Bancos:

No período da pandemia de covid-19, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil registraram forte aceleração na abertura de contas digitais, devido à sua exclusividade na distribuição dos benefícios emergenciais proporcionados pelo Estado. No entanto, o movimento não foi exclusivo dos bancos estatais. Os bancos privados também tiveram que se ajustar à nova demanda por serviços digitais. “Para se ter uma ideia, levamos três anos para ter 2 milhões de clientes digitais; só este ano, esperamos adquirir 2 milhões ”, afirma Geraldo Rodrigues, diretor de negócios digitais do Santander Brasil. Carla Sarkis, gerente executiva do Banco do Brasil, afirmou que entre dezembro e março o banco viu a abertura de suas contas digitais subir 60%. O Itaú informou que o número de novas contas no primeiro trimestre aumentou 54% na variação anual.

Nossa visão: é um movimento natural para as pessoas migrarem para plataformas digitais durante a pandemia, em vez de depender de agências físicas para realizar suas tarefas financeiras. Em uma situação extrema como a criada pela pandemia, também seria natural esperar que os clientes confiassem nos bancos tradicionais existentes e conhecidos. Sabemos que alguns dos novos players digitais estão indo bem, mas, a nosso ver, os bancos maiores tiveram a chance de ganhar algum tempo, ganhando impulso quando se trata de serviços digitais. Agora, é importante que os bancos construam realmente um diferencial para seus serviços digitais, a fim de evitar a concorrência cada vez mais acirrada – os diferenciais incluiriam atendimento ao cliente, exibição e usabilidade digitais e disponibilidade de serviços. Além disso, os bancos devem continuar aprimorando sua infraestrutura de TI para poder lidar com o volume adicional e evitar que suas plataformas caiam. É essencial que essas instituições comecem a valorizar mais esse tipo de cliente e se concentrem em aumentar sua lealdade, pois o futuro dependerá muito menos da esfera física. As oportunidades são enormes, mas também os desafios para os operadores históricos.

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