O que este conteúdo fez por você?
- No exterior, as bolsas asiáticas e europeias fecharam majoritariamente em alta. Tendo em vista os feriados nacionais nos EUA de Memorial Day e no Reino Unido, que mantiveram os mercados financeiros locais fechados, os investidores acompanharam a retomada gradual das atividades em vários países
- No mercado de commodities, o petróleo encerrou o dia em alta, em meio ao otimismo pela estabilização do mercado, na esteira do corte na produção e da reabertura de economias ao redor do mundo
- No Brasil, em mais um dia de agenda econômica fraca, o Ibovespa e o dólar reagiram ao exterior mais positivo e ao abrandamento das questões políticas locais
- No mercado de juros, os juros futuros aceleraram a queda e tocaram as mínimas do dia, sendo que os principais contratos da parte curta encerraram com taxas nos pisos históricos. A precificação da curva mostrou aumento das apostas de queda mais agressiva da Selic na reunião do Copom de junho
No exterior, as bolsas asiáticas e europeias fecharam majoritariamente em alta. Tendo em vista os feriados nacionais nos EUA de Memorial Day e no Reino Unido, que mantiveram os mercados financeiros locais fechados, os investidores acompanharam a retomada gradual das atividades em vários países. Entretanto, crescentes tensões entre EUA e China, que agora tem Hong Kong como catalisador, permanecem no radar.
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No exterior, em termos de indicadores econômicos, o índice IFO de confiança dos empresários na Alemanha avançou da mínima histórica de 74,2 pontos em abril para 79,5 pontos em maio. Este resultado surpreendeu o mercado favoravelmente.
No Brasil, em mais um dia de agenda econômica fraca, o Ibovespa e o dólar reagiram ao exterior mais positivo e ao abrandamento das questões políticas locais. Ao final do pregão, em dia de busca por risco, o Ibovespa encerrou acima dos 85 mil com alta de 4,25% (85.663 pontos). O giro financeiro foi relativamente sólido para um dia de feriado nos EUA. O dólar, por sua vez, encerrou com uma queda de 2,18%, cotado aos R$ 5,46.
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No mercado de juros, os juros futuros aceleraram a queda e tocaram as mínimas do dia, sendo que os principais contratos da parte curta encerraram com taxas nos pisos históricos. A precificação da curva mostrou aumento das apostas de queda mais agressiva da Selic na reunião do Copom de junho.
Economia
Pesquisa Focus:
Os analistas continuaram revisando suas estimativas na pesquisa Focus desta semana. As previsões do PIB para 2020 foram cortadas mais uma vez (pela 15a semana consecutiva), enquanto a projeção para 2021 foi revisada para cima – na semana passada o Bradesco BBI revisou a estimativa do PIB para final de 2020 para -7,0%. Enquanto isso, o real continua sendo mais fraco por mais tempo em 2020, com as estimativas para final de 2020 atingindo R$ 5,40, contra R$ 4,80 no mês anterior. No entanto, os números da inflação ainda não foram significativamente impactados pelo real mais fraco.
Setores em Foco
Bancos:
Em meio à crise da covid-19 e à dificuldade das empresas em ter acesso ao crédito, os bancos públicos não estão ajudando em termos de taxas de juros. Segundo dados do banco central, o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica não são muito competitivos no que diz respeito aos juros cobrados nas operações de crédito para as empresas. No conjunto de dados mais recente, o BB e a Caixa estavam entre as 5 principais instituições, oferecendo as taxas mais baixas apenas duas vezes de 11 linhas para as empresas.
Nossa visão: Até agora, o BB tem sido igualmente ou até mais cauteloso do que seus pares do setor privado quando se trata de apetite por crédito. Embora tenhamos sido cautelosos com relação aos riscos de tornar o banco mais ativo em um cenário de deterioração da qualidade dos ativos, devemos reconhecer que o BB tem aderido à sua abordagem pró-mercado. O banco tem demonstrado disciplina e níveis semelhantes de aversão ao risco que seus pares. Durante reunião recente da equipe do presidente em 22 de abril, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou sobre a possibilidade de privatização do Banco do Brasil. Em nossa opinião, privatizar o BB faria sentido e seria positivo para o caso do investimento. Seria, no entanto, mais razoável realizá-lo em condições de mercado mais apropriadas para agregar mais valor ao Estado. Observamos, no entanto, que politicamente essa é uma decisão muito delicada e complexa. A longo prazo, à medida que a dívida pública aumenta, a privatização do banco pode realmente se tornar uma alternativa para minimizar as questões fiscais.
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