- A Hypera (HYPE3) divulgará seu balanço financeiro referente ao 1T23 nesta quinta-feira (26)
- Analistas esperam números abaixo dos apresentados em 2022, ano em que a companhia superou as expectativas
- Ainda assim, Itaú BBA e Santander mantém a recomendação de compra para as ações; entenda o porquê
A temporada de divulgação dos balanços referentes aos três primeiros meses de 2023 começou. Já nesta primeira semana, o mercado está conhecendo os números financeiros de algumas companhias da Bolsa – entre elas, a empresa farmacêutica Hypera (HYPE3), que publica seus resultados do 1T23 nesta quinta-feira (27) após o fechamento do mercado.
Na última semana, à espera dos números, analistas revisaram suas projeções para a HYPE3, ainda que a expectativa geral seja positiva.
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O Santander, por exemplo, mantém a recomendação de compra para o papel, mas rebaixou o preço-alvo de R$ 55 para R$ 51,50. Para os analistas Caio Moscardini, Karoline Correia e Guilherme Gripp, o balanço do 1T23 da companhia deve mostrar um começo de ano fraco, com margens mais apertadas.
Um possível cancelamento do benefício fiscal de juros sobre capital próprio (JCP), ventilado esta semana pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, também é visto como um risco para as estimativas.
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“Neste ponto, embora acreditemos que a empresa provavelmente possa garantir benefícios fiscais em 2023, isso representa um risco negativo para nossos resultados de médio prazo”, diz o relatório do Santander. Com previsões de receita praticamente inalteradas, mas uma posição mais conservadora em relação às margens da Hypera, o time de research do banco optou por reduzir as projeções de preço para a ação.
O mesmo aconteceu com as estimativas do Itaú BBA. Em relatório, os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio destacam que a Hypera enfrenta, em 2023, uma forte base de comparação de resultados, dado o desempenho acima do esperado em 2022. O time do Itaú BBA também demonstra receio com o impacto que um possível fim do JCP possa ter na companhia. Entenda como o mercado vê a proposta de Haddad.
Mantendo a recomendação de compra, o preço-alvo de HYPE3 foi reduzido de R$ 54 para R$ 50. “Embora não vejamos quaisquer gatilhos claros no curto prazo, dadas as duras compensações, vemos a empresa como um atrativo investimento para 2023”, diz o relatório.
As ações da companhia eram cotadas a R$ 36,03 até o fechamento desta quarta-feira (26), com uma queda de 19,77% em 2023. Um desconto que torna o papel mais barato – e atrativo – do que os pares do setor, destaca João Lucas Tonello, CNPI, analista da Benndorf Research. “Comparando o setor com Raia Drogasil (RADL3), por exemplo, ela mostra-se em preços bem mais atrativos com EV/EBIT na casa dos 11,95, enquanto a segunda trabalha na região de 25,56”, afirma. “É uma ação que mostra muita resiliência em sua cotação mostrando maturidade operacional para os investidores.”
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