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- Um dos resultados mais aguardados dessa segunda temporada de balanços é o da 3R Petroleum (RRRP3), petroleira “júnior” que trabalha recuperação de campos maduros
- Os números referentes ao 1º trimestre do ano devem sair ainda nesta quarta-feira (26), após o fechamento do mercado
- O motivo da ansiedade é o aumento de capital inesperado anunciado no dia 16 de abril. A empresa divulgou que faria um follow on de até R$ 900 milhões. Veja projeções
Um dos resultados mais aguardados dessa segunda temporada de balanços é o da 3R Petroleum (RRRP3), petroleira “júnior” que trabalha na recuperação de campos maduros. Os números referentes ao primeiro trimestre do ano devem sair ainda nesta quarta-feira (26), após o fechamento do mercado.
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O motivo da ansiedade é o aumento de capital inesperado anunciado no dia 16 de abril. A empresa divulgou que faria um follow on de até R$ 900 milhões, com cada ação por R$ 24,45, ou seja, 25% abaixo do fechamento anterior. Paralelamente, suspeitas de insider trading foram levantadas contra o conselho da petroleira, que teria comprado 2,5 milhões de puts (opções de venda) em março.
Essa situação levantou preocupações de que as finanças da companhia não estejam tão alinhadas quanto se pensava. O Instituto Empresa até mesmo solicitou à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) que o caso fosse investigado. Vista essa conjuntura, o E-Investidor buscou dados sobre o que os investidores devem esperar do novo reporte da 3R Petroleum.
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Apesar das polêmicas, as expectativas estão mais positivas que negativas. Em relatório, a XP aponta que a grande novidade para este trimestre será o campo de Papa-Terra, cuja operação foi iniciada em dezembro do ano passado. Portanto, os resultados devem começar a aparecer no balanço. Isso deve ajudar a aumentar a receita líquida e o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).
“No geral, estimamos um aumento T/T (em comparação ao trimestre passado) no Ebitda de 28%, mas ainda com uma margem relativamente baixa (26%) que deve aumentar nos próximos trimestres, à medida que a produção se estabiliza e aumenta, bem como os custos de transição dos ativos diminuem”, afirmam André Vidal e Helena Kelm, analistas da casa.
Arlindo Souza, analista de ações da casa de análises do TC, afirma que as expectativas estão de “neutras a otimistas”. Ele não espera uma melhoria nos dados de produção em relação aos trimestres passados e vê a 3R ainda com problemas para explorar o novo campo de Papa-Terra. Entre o final de fevereiro e o início de março, a empresa teve que paralisar as operações por problemas no sistema de geração e abastecimento de energia.
Na comparação anual, Souza espera uma receita líquida total de R$ 540 milhões neste 1º trimestre do ano, o que significa uma alta de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. “Deste montante, R$ 511 milhões são do segmento de venda de óleo, que deve apresentar uma leve melhora. Um outro segmento que deve beneficiar bem a 3R é o de gás”, afirma o analista.
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O Ebitda deve vir na ordem de R$ 275 milhões, alta de 38% em 12 meses. Um outro ponto importante que Souza ficará atento neste novo resultado é a evolução do lifting cost (custo de extração do petróleo) da 3R. “Estamos vendo um aumento dos custos por conta do Papa-Terra. No 4º trimestre de 2022 estava em US$ 17 por barril. No início de 2022, era US$ 9”, diz Souza. “Ver essa métrica crescer mais um trimestre seria bem ruim para a tese.”
Veja as estimativas da XP e TC: