

O Ibovespa está em tendência de alta e pode subir entre 2% e 5,18% se conseguir superar algumas resistências no pregão desta segunda-feira (17), dizem analistas da XP Investimentos em relatório publicado nesta manhã, horas antes da abertura do pregão. A análise técnica da corretora foi divulgada após a notícia da queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O índice de satisfeitos com o atual governo despencou de 35% para 24% nos últimos dois meses, segundo estudo Datafolha publicado na última sexta (14).
De acordo com Gilberto Coelho, analista da XP, o Ibovespa está em tendência de alta e, se o indicador da Bolsa de Valores ultrapassar os 128.500 pontos, ele deve procurar a casa dos 130.800 pontos, o que significaria uma alta inicial de 2% em relação ao fechamento de sexta-feira. Caso o índice da Bolsa ultrapasse esse nível, ele poderia chegar a 135.000 pontos, um crescimento de 5,18%.
Os analistas comentam que o sinal de alta seria desfeito com um fechamento abaixo dos 127.000 nesta segunda. Assim, o Ibovespa entraria em tendência de queda nos próximos pregões e buscaria as faixas de 123.800 e 120.800, significando quedas respectivas de 3,44% e 5,79% na comparação com o fechamento de sexta-feira (14).
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Logo após a divulgação dos dados na última sexta-feira, às 16h, o mercado começou a reagir em forte alta e o principal índice da B3 terminou o dia em valorização de 2,70% aos 128.218,59. Esse foi o maior nível de encerramento desde o dia 11 de dezembro. O dólar também caiu 1,21% e encerrou a semana cotado a R$ 5,696, o menor valor dos últimos três meses — leia mais aqui.
De acordo com Erich Decat, colunista do E-Investidor, o que mais chama atenção na última pesquisa Datafolha é o fato de o presidente Lula começar a ver sinais de que o seu principal alicerce eleitoral está ruindo. Conforme o levantamento, o índice de ótimo e bom do governo Lula teve uma queda considerável nos grupos que historicamente formam o núcleo duro dos eleitores do PT: baixa renda (quem ganha até dois salários-mínimos), Nordeste, menos escolarizados (quem estudou até o ensino fundamental), católicos e mulheres. Leia a coluna na íntegra aqui.
- Leia mais: Polêmica do Pix: 66% veem erro de Lula; entenda o impacto na popularidade do governo
Antecipação do clima eleitoral pode mexer com o Ibovespa
Erich Decat diz que as pessoas que possuem interesse em acompanhar o impacto que política pode ter no mercado financeiro, os dois episódios citados em sua coluna, localizada neste link, demonstram que o clima eleitoral está sendo antecipado. Ele pede para o leitor ter em mente que a tendência é de que as expectativas sobre a próxima eleição vão ficar cada vez mais latentes, em especial, a partir do segundo semestre deste ano.
“Acredito que a partir de setembro e outubro haverá uma movimentação dentro do campo político de centro-direita no sentido de começar a apresentar um nome competitivo, para a próxima disputa eleitoral de 2026. Hoje, conforme a pesquisa da Genial/Quaest, se Bolsonaro continuar fora do páreo, o nome mais lembrado, no mercado financeiro, para conduzir o centro-direita no próximo pleito é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)”, diz Decat.
Dentro desse contexto, o colunista projeta espaço para novos “upsides” (potenciais altas) dentro do Ibovespa, que vão variar de acordo com as novas pesquisas, e até uma possível não candidatura de Lula à reeleição.
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