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Ibovespa hoje: Assaí (ASAI3) salta mais de 6%, enquanto petroleiras lideram perdas

Índice foi impulsionado pelo desempenho positivo de ações de grandes bancos nesta segunda-feira (14)

Ibovespa hoje: Assaí (ASAI3) salta mais de 6%, enquanto petroleiras lideram perdas
Unidade do supermercado atacadista da rede Assaí (ASAI3) em São Paulo (Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO)
  • O Ibovespa hoje terminou o dia em alta de de 0,78% aos 131.005,25 pontos, depois de oscilar entre máxima a 131.219,61 pontos e mínima a 129.728,80 pontos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Assaí (ASAI3), LWSA (LWSA3) e Magazine Luiza (MGLU3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Prio (PRIO3), Petrorecôncavo (RECV3) e Brava Energia (BRAV3)

O Ibovespa hoje conseguiu retomar o patamar de 131 mil pontos, com investidores de olho em possíveis medidas de contenção de gastos do governo. Nesta segunda-feira (14), a principal referência da B3 terminou o dia em alta de 0,78% aos 131.005,25 pontos, depois de oscilar entre máxima a 131.219,61 pontos e mínima a 129.728,80 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,4 bilhões.

A sessão foi marcada por um certo alívio das preocupações fiscais dos investidores, depois de a agência Reuters divulgar que o governo prepara medidas de controle de gastos obrigatórios para serem apresentadas após a realização do segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês. Segundo duas fontes do Ministério da Fazenda ouvidas pelo veículo, o tema é tratado com mais prioridade dentro da pasta do que o aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais.

Em evento do Itaú BBA Macro Vision 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta orçamentária para o próximo ano está mais bem calibrada que a primeira feita por este governo, que foi mais desafiadora. Ele ponderou, no entanto, que o trabalho não está concluído porque o governo precisa ter certeza em relação à compensação para alguns gastos, sobretudo da desoneração da folha de pagamentos.

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“Nós temos ainda, até o final do ano, um debate político com o Judiciário e o Legislativo em torno desse ponto, para garantir as compensações. Garantidas as compensações, eu penso que a execução do orçamento do ano que vem, ela é bem coerente”, disse.

Para Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital, as falas tranquilizaram os investidores. “A semana passada terminou ruim, com a questão fiscal em pauta, após a declaração de Lula de isentar do IR salários até a faixa de R$ 5 mil. Isso fez com que sentíssemos efeitos na curva de juros futuros que subiram. Mas hoje tivemos falas do Haddad que foram bem recebidas pelo mercado, já tendo uma queda nos juros futuros”, afirma.

Na Bolsa brasileira, o destaque ficou para os grandes bancos, puxados pelos papéis do Bradesco (BBDC4;BBDC3) — enquanto os preferenciais subiram 1,49%, os ordinários avançaram 1,39%. Já Itaú (ITUB4)Santander (SANB11)BTG Pactual (BPAC11) e Banco do Brasil (BBAS3) tiveram ganhos de 0,64%, 1,15%, 1,46% e 0,72%, respectivamente.

O desempenho positivo das ações das instituições financeiras compensou a fraqueza do papel de maior peso no Ibovespa, a Vale (VALE3), que recuou 0,32%, moderando perdas em direção ao fechamento. Petrobras (PETR3;PETR4) chegou a se alinhar em alta do meio para o fim da tarde, mas voltou a mostrar direção divergente  com a PETR3 terminando o dia em baixa de 0,17% e a PETR4 subindo 0,24%.

Em Nova York, os principais índices acionários encerraram o dia em alta: Nasdaq avançou 0,87%, enquanto Dow Jones e S&P 500 registraram ganhos de 0,47% e 0,77%, respectivamente. As primeiras divulgações de resultados trimestrais animaram os mercados e, na falta de gatilhos macroeconômicos neste início de semana, permitiram ganhos adicionais às Bolsas americanas.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Assaí (ASAI3), LWSA (LWSA3) e Magazine Luiza (MGLU3).

Assaí (ASAI3): 6,25%, R$ 7,14

As ações do Assaí (ASAI3) registraram a principal alta do Ibovespa nesta segunda-feira, finalizando a sessão em valorização de 6,25% a R$ 7,14, após a Receita Federal cancelar o termo que determinava o arrolamento de ativos da empresa no valor de R$ 1,265 bilhão em razão de contingências tributárias relacionadas ao GPA (PCAR3).

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A ASAI3 está em baixa de 4,42% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 47,23%.

LWSA (LWSA3): 5,17%, R$ 4,27

Outro destaque positivo foi a LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, que subiu 5,17% a R$ 4,27, beneficiada pela queda dos juros futuros na sessão.

A LWSA3 está em alta de 2,15% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 28,95%.

Magazine Luiza (MGLU3): 3,7%, R$ 9,8

Quem também se saiu bem no pregão foi o Magazine Luiza (MGLU3), que avançou 3,7% a R$ 9,8, impulsionado pelo recuo de boa parte das principais taxas de juros futuros.

A MGLU3 está em alta de 1,03% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 54,35%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Prio (PRIO3), Petrorecôncavo (RECV3) e Brava Energia (BRAV3).

Prio (PRIO3): -1,88%, R$ 43,43

As ações da Prio (PRIO3) registraram a principal queda do Ibovespa hoje, encerrando o pregão em baixa de 1,88% a R$ 43,43. Os papéis acompanharam a desvalorização dos contratos futuros de petróleo no exterior, após dados decepcionantes de inflação da China e a falta de clareza quanto aos planos de estímulos econômicos do país asiático.

A PRIO3 está em alta de 0,23% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 5,69%.

Petrorecôncavo (RECV3): -1,59%, R$ 17,9

Na lista de principais baixas da sessão, estiveram as ações da Petrorecôncavo (RECV3), que cederam 1,59% a R$ 17,9, também pressionadas pela baixa dos preços do petróleo.

A RECV3 está em alta de 1,02% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 12,25%.

Brava Energia (BRAV3): -0,92%, R$ 17,28

Outro ativo que foi penalizado no Ibovespa hoje pela queda da commodity foi a Brava Energia (BRAV3), que cedeu 0,92%, terminando o pregão a R$ 17,28.

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A BRAV3 está em baixa de 1,99% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 33,46%.

*Com Estadão Conteúdo

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