Publicidade

Mercado

Ibovespa hoje: índice fecha acima de 131 mil pontos, enquanto dólar tem 5ª queda seguida

Índice foi impulsionado pela alta de ações do setor financeiro e da Petrobras (PETR3;PETR4)

Ibovespa hoje: índice fecha acima de 131 mil pontos, enquanto dólar tem 5ª queda seguida
Fachada da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Werther Santana/Estadão
O que este conteúdo fez por você?
  • O Ibovespa hoje terminou o dia em valorização de 0,38%, aos 131.115,90 pontos, após oscilar entre máxima a 131.661,98 pontos e mínima a 130.615,25 pontos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Petrobras On (PETR3), Yduqs (YDUQ3) e IRB (IRBR3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Azul (AZUL4), Dexco (DXCO3) e Braskem (BRKM5)

O Ibovespa hoje confirmou a sua quinta sessão de ganhos consecutiva, superando o patamar de 131 mil pontos. Nesta segunda-feira (12), a principal referência da B3 terminou o dia em alta de 0,38%, aos 131.115,90 pontos. Durante o pregão, chegou a atingir máxima a 131.661,98 pontos e mínima a 130.615,25 pontos, com volume negociado de R$ 21,6 bilhões.

A valorização de mais de 3% do petróleo, por causa das tensões no Oriente Médio, ajudou e fez as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) finalizarem a sessão no topo do campo positivo. A escalada da commodity beneficia as petroleiras, à medida que as tensões geopolíticas ganham novos contornos. A Fox News noticiou que o Irã pode atacar Israel entre esta segunda-feira (12) e terça-feira (13) em retaliação ao assassinato da liderança do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, no final do mês passado.

Outro destaque positivo na Bolsa hoje foi o setor financeiro, bloco com maior peso do Ibovespa. B3 (B3SA3), Santander (SANB11), Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11) avançaram 1,50%, 1,01%, 0,14%, 2,15% e 1,56%, respectivamente. Já as ações ordinárias do Bradesco (BBDC3) subiram 1%, enquanto as preferenciais (BBDC4) registraram alta de 0,68%

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Nesta segunda-feira, investidores acompanharam também a divulgação do Boletim Focus. A mediana do relatório para a taxa Selic no fim de 2025 se manteve em 9,75% após a divulgação da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada. A novidade, desta vez, foi o sutil arrefecimento na mediana das projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025. A estimativa caiu de 3,98% na semana passada para 3,97% na edição desta segunda-feira, contra 3,90% um mês antes.

Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York fecharam sem direção única. Dow Jones caiu 0,36%, enquanto Nasdaq teve ganhos de 0,21% e S&P 500 terminou o dia próximo à estabilidade. Investidores se posicionaram para dados de inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, a serem divulgados na terça-feira (13) e na quarta-feira (14), respectivamente.

Os números devem ser importantes para o mercado pesar suas apostas para a intensidade do início do corte de juros nos Estados Unidos. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) inicie a redução da taxa, atualmente entre 5,25% e 5%, na próxima reunião de política monetária, em setembro, embora o tamanho exato do corte ainda seja incerto. “Já um dado do CPI muito abaixo do esperado pode voltar com o receio de uma recessão nos Estados Unidos, mesmo que não seja essa a expectativa”, afirma Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

No mercado doméstico de câmbio, o dólar emendou nesta segunda-feira o quinto pregão consecutivo de desvalorização e fechou o pregão abaixo da linha de R$ 5,50 pela primeira vez desde meados de julho. A moeda americana terminou a sessão em baixa de 0,34% a R$ 5,4962. Mendonça explica que o movimento ocorre diante do menor temor por uma recessão nos Estados Unidos. “Isso fez com que os investidores que estavam saindo de ativos de risco retomassem a busca por eles, e com isso temos a valorização de moedas de países emergentes como Brasil e Chile”, pontua.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Petrobras On (PETR3), Yduqs (YDUQ3) e IRB (IRBR3).

Petrobras On (PETR3): 2,79%, R$ 40,46

As ações da ordinárias da Petrobras (PETR3) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira e encerraram o dia em alta de 2,79% a R$ 40,46. Os ativos acompanharam o movimento dos contratos futuros de petróleo. Além da commodity passar por uma recuperação, o estrategista de ações da Genial Investimentos, Filipe Villegas, destaca que as tensões no Oriente Médio continuam impulsionando o petróleo.

Publicidade

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para setembro fechou em alta de 4,19% (US$ 3,22), a US$ 80,06 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 3,31% (US$ 2,64), a US$ 82,30 o barril.

A PETR3 está em baixa de 0,34% no mês. No ano, acumula uma valorização de 13,62%.

Yduqs (YDUQ3): 2,32%, R$ 10,57

Entre os destaques positivos do dia, também estiveram as ações da Yduqs (YDUQ3), que subiram 2,32% a R$ 10,57. Nenhuma notícia específica sobre a empresa, no entanto, foi monitorada pelos investidores no dia.

A YDUQ3 está em baixa de 3,38% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 52%.

IRB (IRBR3): 2,31%, R$ 30,12

Quem também se saiu bem nesta segunda-feira foi o IRB, que registrou alta de 2,31% a R$ 30,12. Investidores seguem na expectativa pelo balanço do segundo trimestre da empresa, que deve ser divulgado após o fechamento do mercado.

A IRBR3 está em alta de 2,76% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 32,01%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Azul (AZUL4), Dexco (DXCO3) e Braskem (BRKM5).

Azul (AZUL4): -11,95%, R$ 7

As ações da Azul (AZUL4) registraram a principal queda do Ibovespa hoje, terminando o pregão em baixa de 11,95% a R$ 7, após a empresa informar um prejuízo líquido de R$ 3,865 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 497,9 milhões observado no mesmo período no anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos), por sua vez, atingiu R$ 1,052 bilhão, recuo anual de 9%. Nesta matéria, diferentes casas analisam o resultado.

Publicidade

A AZUL4 está em baixa de 12,5% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 56,28%.

Dexco (DXCO3): -4,72%, R$ 7,67

Outro destaque negativo do dia foi a Dexco (DXCO3), que caiu 4,72% a R$ 7,67. Ao Broadcast, Gustavo Bertotti, diretor de Renda variável da Fami Capital, afirmou que os resultados da empresa foram bem recebidos pelo mercado e que não vê motivos para queda dos papéis no momento, a não ser a alta acumulada de 6,70% em agosto e de 8,50% nos últimos 30 dias.

A DXCO3 está em alta de 4,92% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 4,13%.

Braskem (BRKM5): -3,95%, R$ 16,54

Quem também sofreu no Ibovespa hoje foi a Braskem (BRKM5), que recuou 3,95% a R$ 16,54. Investidores ainda digeriram os resultados negativos da empresa, na visão de Mendonça, da AVG Capital. A empresa reportou no segundo trimestre de 2024 um prejuízo de R$ 3,736 bilhões, 385% maior ante as perdas de R$ 771 milhões no mesmo período de 2023.

A BRKM5 está em baixa de 5,75% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,34%.

*Com Estadão Conteúdo

Publicidade