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Ibovespa hoje: falas de Lula sobre corte de gastos agradam mercado e índice fecha em alta

A principal referência da B3 terminou o dia em alta de 1,36%, ampliando os ganhos no mês para 1,81%

Ibovespa hoje: falas de Lula sobre corte de gastos agradam mercado e índice fecha em alta
(Foto: Adobe Stock)
  • A principal referência da B3 terminou o dia em alta de 1,36%, aos 124.307,83 pontos, com ajuda da Petrobras (PETR3;PETR4)
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Suzano (SUZB3), Petz (PETZ3) e Pão de Açúcar (PCAR3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Cemig (CMIG4), Sabesp (SBSP3) e São Martinho (SMTO3)

O Ibovespa hoje teve mais uma sessão de ganhos e ampliou a valorização acumulada no mês de junho para 1,81%. Faltando só o pregão de sexta-feira (28), o índice caminha para ter o seu segundo avanço mensal de 2024, até então restrito a fevereiro. Nesta quinta-feira (27), a principal referência da B3 terminou o dia em alta de 1,36%, aos 124.307,83 pontos, na máxima da sessão.

O dólar, por outro lado, fechou em queda de 0,22% cotado a R$ 5,5075. O foco esteve novamente em falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dessa vez, no entanto, o líder petista deu sinais de que está atento à pauta da redução de gastos. Em entrevista à Rádio Itatiaia, em Minas Gerais, Lula afirmou que “sempre há lugar para cortar no orçamento” e que o “Brasil tem muito subsídios e desoneração”. Ressaltou ainda que, por mais que “queria fazer política social”, o País não pode “jogar dinheiro fora”.

As falas do presidente impulsionaram o Ibovespa, que também recebeu força das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), de grande peso para o índice. Os papéis preferenciais da estatal (PETR4) subiram 1,67% a R$ 37,71, enquanto os ordinários (PETR3) registraram alta de 2,02% a R$ 39,89, em linha com valorização dos contratos futuros de petróleo, que foram favorecidos pelo recuo do dólar.

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Fora do Ibovespa, o foco do noticiário foi a realização da Operação Disclosure, iniciada pela Polícia Federal, em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), contra ex-executivos da Americanas (AMER3), incluindo o ex-CEO Miguel Gutierrez. Os papéis da varejista, no entanto, conseguiram terminar o dia próximos à estabilidade, sendo negociados a R$ 0,40. Nesta reportagem, analistas indicam o que fazer com os ativos daqui para frente.

Em Nova York, as principais Bolsas fecharam em leve alta, com a expectativa pela divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de maio na sexta-feira (28). O indicador é a medida preferida de inflação do Federal Reserve (Fed). Enquanto o Dow Jones teve alta de 0,09%, S&P 500 e Nasdaq tiveram ganhos de 0,09% e 0,30%, respectivamente.

No dia, foi divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) americano, que cresceu ao ritmo anualizado de 1,4% no primeiro trimestre de 2024, de acordo com a terceira e última estimativa do Departamento de Comércio do país.  Já o PCE subiu à taxa anualizada de 3,4% no primeiro trimestre deste ano.

Maiores altas

As três ações que mais valorizaram no dia foram Suzano (SUZB3), Petz (PETZ3) e Pão de Açúcar (PCAR3).

Suzano (SUZB3): +12,18%, R$ 57

As ações da Suzano (SUZB3) lideraram os ganhos do Ibovespa no dia, encerrando o pregão em alta de 12,18% a R$ 57, após a companhia anunciar que desistiu de comprar a International Paper (IP).

A empresa explicou que alcançou o que entende ser o preço máximo para que a transação gerasse valor para ela, sem que houvesse engajamento da outra parte. Para seguir o compromisso com a sua “disciplina de capital”, a produtora de celulose desistiu da aquisição, que vinha gerando preocupação no mercado.

A SUZB3 está em alta de 17,04% no mês. No ano, acumula uma valorização de 2,46%.

Petz (PETZ3): +9,73%, R$ 3,61

Quem também se saiu bem no pregão foram os papéis da Petz (PETZ3), que fecharam em alta de 9,73% a R$ 3,61. Ao Broadcast, Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, afirmou que as falas de Lula de que há lugar para “corte no orçamento” entusiasmaram os investidores. O bom humor local favoreceu o cenário para as ações cíclicas (mais sensíveis ao ciclo econômico) em geral.

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A PETZ3 está em baixa de 3,73% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 8,61%.

Pão de Açúcar (PCAR3): +8,05%, R$ 2,82

Completando a lista de destaques positivos, estiveram ainda as ações do Pão de Açúcar (PCAR3), que encerraram em valorização de 8,05% a R$ 2,82. Os papéis da companhia apagaram as perdas da véspera, quando recuaram 7,77% e registraram a principal queda do Ibovespa.

A PCAR3 está em de baixa de 1,74% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,54%.

Maiores quedas

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Cemig (CMIG4), Sabesp (SBSP3) e São Martinho (SMTO3).

Cemig (CMIG4): -2,9%, R$ 10,04

Liderando a ponta negativa do Ibovespa, estiveram as ações da Cemig (CMIG4), que encerraram em baixa de 2,9% a R$ 10,04. Nenhuma notícia sobre a empresa, no entanto, foi monitorada pelos investidores no pregão.

A CMIG4 está em alta de 2,14% no mês. No ano, acumula uma valorização de 16,47%.

Sabesp (SBSP3): -2,81%, R$ 74,11

Entre as maiores quedas, também figuraram os papéis da Sabesp (SBSP3), que fecharam em queda de 2,81% a R$ 74,11, após a Aegea ter desistido de apresentar proposta para ficar com 15% da empresa, conforme explicamos nesta reportagem. A companhia era cotada pelo mercado para disputar a Sabesp via leilão com a Equatorial Energia (EQTL3).

A SBSP3 avança 0,34% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0,19%.

São Martinho (SMTO3): -1,02%, R$ 32,92

Quem também se saiu mal foram as ações da São Martinho (SMTO3), que terminaram o dia em baixa de 1,02% a R$ 32,92. Nenhuma notícia relevante sobre a companhia, no entanto, foi acompanhada pelo mercado nesta quinta-feira.

A SMTO3 sobe 22,7% no mês. No ano, acumula uma valorização de 13,63%.

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*Com Estadão Conteúdo

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