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Ibovespa hoje: índice tem pior queda desde 12 de junho e apenas 4 ações sobem

Incertezas fiscais e mau humor do mercado americano pesaram sobre a principal referência da B3 no pregão

Ibovespa hoje: índice tem pior queda desde 12 de junho e apenas 4 ações sobem
Painel do Ibovespa. (Fonte: Adobe Stock)
  • O Ibovespa hoje encerrou o dia em baixa de de 1,39%, aos 127.652,06 pontos, registrando a sua segunda queda em julho
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Embraer (EMBR3), Weg (WEGE3) e RaiaDrogasil (RADL3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Azul (AZUL4)

O Ibovespa hoje registrou uma queda significativa, a segunda do mês de julho, em meio aos ruídos fiscais e à desvalorização das commodities. Nesta quinta-feira (18), a principal referência da B3 encerrou o dia em baixa de de 1,39%, aos 127.652,06 pontos, após oscilar entre máxima a 129.453,81 pontos e mínima a 127.522,81 pontos. Em termos percentuais, esse foi o pior recuo desde o registrado em 12 de junho, então de 1,4%.

No cenário doméstico, os investidores aguardam o desenrolar da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros da chamada Junta de Execução Orçamentária (JEO). A expectativa é de que os números debatidos no encontro sejam divulgados na segunda-feira (22), no relatório bimestral de receitas e despesas.

Nesta tarde, Fernando Haddad, afirmou que Lula deu autorização para que sua equipe avance na análise de medidas legais para implementar um corte de R$ 25,9 bilhões no Orçamento de 2025. O ministro da Fazenda reforçou, porém, que ainda não há decisão sobre se essas mudanças serão realizadas por meio de um projeto de lei ou de Medida Provisória (MP).

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Diante das incertezas fiscais, o dólar teve um dia de forte alta. Ao final do pregão, a moeda americana estava cotada a R$ 5,5881, em valorização de 1,9%. “Com dúvidas pairando sobre o fiscal no Brasil, o dólar volta a ter um dia de alta expressiva e leva os jutos futuros junto. E como já é de costume, juros pra cima, varejo pra baixo”, explica Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, ao mencionar as ações do setor varejista da Bolsa brasileira.

Além da pressão sobre papéis mais sensíveis a juros altos, o dia também foi marcado pela queda de ações de grande peso para o Ibovespa. Com a desvalorização do petróleo WTI, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em baixa de 0,18%. Já o recuo de 0,92% do minério de ferro na China, impactou a Vale (VALE3) que cedeu 0,94%. No total, apenas 4 ativos do Ibovespa terminaram o dia no campo azul.

Em Nova York, as bolsas também registram queda nesta quinta-feira, com o Nasdaq em baixa de 0,70%, enquanto S&P 500 e Dow Jones tiveram perdas de 0,78% e 1,29%, respectivamente. Ao longo do dia, as Bolsas sucumbiram diante das incertezas em relação às eleições americanas, em meio à rumores de que os democratas ampliam a pressão para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desista da reeleição. Segundo o veículo Axios, uma decisão pode sair já no final de semana. A campanha de Biden nega.

Outro destaque do noticiário internacional foi a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxa de depósito em 3,75%, conforme previsto pelos analistas, após um corte de 25 pontos-base na reunião anterior. A autoridade monetária reafirmou seu compromisso de trazer a inflação da zona do euro para a meta de 2% ao ano, garantindo que os juros permanecerão restritivos pelo tempo necessário.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Embraer (EMBR3), Weg (WEGE3) e RaiaDrogasil (RADL3).

Embraer (EMBR3): +1,48%, R$ 41,05

As ações da Embraer (EMBR3) lideraram os poucos ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira e encerraram o pregão em alta de 1,48% a R$ 41,01. Os papéis da empresa foram beneficiados pela valorização do dólar e por um relatório do BTG Pactual.

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No documento, o banco afirma que a companhia se beneficia de um ambiente de mercado construtivo, impulsionado pelo crescimento contínuo da empresa, sólida posição de produto e espaço para continuar superando as expectativas do mercado.

A EMBR3 está em alta de 13,55% no mês. No ano, acumula uma valorização de 83,34%.

Weg (WEGE3): +0,74%, R$ 47,4

Entre os destaques positivos do índice, estiveram ainda as ações da Weg (WEGE3), que encerraram em valorização de 0,74% cotadas a R$ 47,4. Em dia de aversão a risco no mercado, os papéis da empresa entraram como uma opção aos investidores que optam por exposição a companhias consideradas resilientes e mais seguras.

A WEGE3 está em alta de 12,48% no mês. No ano, acumula uma valorização de 29,83%.

RaiaDrogasil (RADL3): +0,2%, R$ 25,66

Quem também se saiu bem no dia foram os papéis da RaiaDrogasil (RADL3), que terminaram a sessão em valorização de 0,2% a R$ 25,66. O movimento, no entanto, não foi motivado por nenhuma notícia específica sobre a companhia.

A RADL3 está em alta de 0,08% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 12,3%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Azul (AZUL4).

Marfrig (MRFG3): -9,08%, R$ 11,22

Os papéis da Marfrig (MRFG3) registraram a principal queda do Ibovespa nesta quinta-feira, fechando a sessão em baixa de 9,08% a R$ 11,22. O setor de frigoríficos foi pressionado pela notícia de que o Ministério da Agricultura detectou um foco da doença Newcastle (DNC) em um estabelecimento comercial de avicultura de corte em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.

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A MRFG3 está em baixa de 9,22% no mês. No ano, acumula uma valorização de 15,67%.

BRF (BRFS3): -7,88%, R$ 20,81

Na lista de maiores baixas do índice, figuraram as ações da BRF (BRFS3), que encerraram em queda de 7,88% a R$ 20,81. Os papéis da companhia também foram impactados pela notícia sobre a doença Newcastle (DNC). “Acredito que talvez o medo de que algo maior possa impactar o Brasil como um todo tenha gerado um certo pânico nos investidores, entretanto, se essa questão ficar somente no Rio Grande do Sul, essas empresas serão pouco afetadas”, afirma Silva, da GT Capital.

A BRFS3 está em baixa de 8,2% no mês. No ano, acumula uma valorização de 50,69%.

Azul (AZUL4): -7,87%, R$ 8,19

Outro destaque negativo do Ibovespa hoje foi a Azul (AZUL4), que terminou em desvalorização de 7,87% a R$ 8,19. Os papéis da companhia aérea foram penalizados pela aversão a risco no mercado e pela valorização do dólar. A AZUL4 está em alta de 11,58% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 48,84%.

*Com Estadão Conteúdo

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