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- Ibovespa fecha em baixa por impulso de acontecimentos externos
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Via (VIIA3), IRB Re (IRBR3) e Alpargatas (ALPA4).
O principal índice de ações da B3, o Ibovespa, terminou a quarta-feira (30) em baixa de 0,73%, aos 117.535,1 pontos e com volume negociado de R$ 16,72 bilhões. O dólar e o euro subiram 0,3% e 0,66% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,87 e R$ 5,32, respectivamente.
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Os juros brasileiros seguiram padrões verificados no exterior depois que dados econômicos estrangeiros negativos, como emprego, Produto Interno Bruto (PIB) e inflação pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, em tradução livre). Também foi divulgado hoje dados da inflação brasileira, medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) abaixo do esperado.
De acordo com Leandro Petrokas, diretor de research da Quantzed, esses fatores corroboram para uma desidratação da curva de juros, que caiu de ponta a ponta.
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Além disso, amanhã (31) é o último dia útil do mês, quando ocorre a formação da taxa PTAX mensal – taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro – e a troca do contrato futuro. “Na minha visão, parece que os players estão aguardando o pregão de amanhã para tomarem decisões, de tal modo que hoje o fluxo está bem equilibrado entre oferta e demanda pela moeda”, considera Petrokas.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,38%, 0,11%, 0,54%, respectivamente.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Via (VIIA3), IRB Re (IRBR3) e Alpargatas (ALPA4).
Via (VIIA3): -6,99%, R$ 1,33
A maior baixa do dia ficou com a varejista Via. De acordo com Leandro Petrokas, a empresa está passando por sérios problemas de estrutura de capital, caixa e dificuldade em gerar resultados há alguns trimestres.
“Recentemente, o mercado notou que havia opções de compra com vencimento em dois meses, negociando sem valor extrínseco, ou seja, sem prêmio pelo tempo”, explica. Petrokas afirma que isso é muito raro de acontecer, além de ser um sinal muito negativo para o ativo. “Nesse cenário, o mercado segue se desfazendo posições compradas no ativo, que já acumula quase 50% de queda no ano”, conta.
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A Via está em baixa de 38,43% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 44,58%.
IRB Re (IRBR3): -5,2%, R$ 45,04
Entre as quedas, a IRB ocupa a segunda maior do dia. Na visão de Leandro Petrokas, a baixa pode ser explicada como “um movimento de correção técnica do ativo, que é bastante volátil”. Depois de subir quase 20% entre os dias 22 e 29 de agosto, “cabe destacar que as ações acumulam alta de quase 20% após reportar lucro no segundo trimestre de 2023”, considera o especialista.
A IRB Re está em alta de 9,53% no mês. No ano, acumula uma valorização de 74,57%.
Alpargatas (ALPA4): -4,96%, R$ 9
Alpargatas fecha o ranking de baixas do dia. Conforme diz Petrokas, a queda acontece sem notícia relevante, mas pode estar relacionada a uma reação do mercado frente à notícia de que a MS Alpa Participações, da família Moreira Salles, adquiriu mais de 9 milhões de ações preferenciais, atingindo uma posição superior a 20%, além de uma posição relevante (43,67%) das ações ordinárias da empresa.
“Essa aquisição não seria um risco em si, mas talvez o mercado não tenha gostado, uma vez que esse aumento de posição investida tende a reduzir a liquidez do ativo na Bolsa”, afirma.
A Alpargatas está em baixa de 6,54% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 40,32%.
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