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- As empresas globais atingiram um novo recorde de pagamento de dividendos no segundo trimestre de 2023, totalizando US$ 568,1 bilhões em proventos, mostra a nova edição do do Janus Henderson Global Dividend Index
- O movimento foi liderado por empresas europeias e bancos
- O Brasil viu seus dividendos caírem 53%, com destaque especial para Petrobras, que deixou o ranking da Janus depois de liderar a lista em 2022
As empresas globais atingiram um novo recorde de pagamento de dividendos no segundo trimestre de 2023, totalizando US$ 568,1 bilhões em proventos. Trata-se de um aumento de 4,9% na base nominal em relação ao primeiro trimestre do ano, mostra a última edição do Janus Henderson Global Dividend Index, divulgado nesta quarta-feira (30).
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A alta foi puxada especialmente por empresas europeias, que, com exceção do Reino Unido, registraram um crescimento subjacente de 10% em relação à distribuição de dividendos de outras regiões.
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Entre setores, foram os bancos quem se destacaram: metade do crescimento mundial de proventos no período vieram das instituições financeiras. “O aumento das taxas de juros impulsionou as margens e a interrupção dos pagamentos de dividendos relacionada à pandemia finalmente foi eliminada dos números”, destaca o relatório da gestora global.
Os fabricantes de veículos também foram destaque, responsáveis por um sétimo do aumento anual nos pagamentos do segundo trimestre. Metade desse crescimento veio de empresas alemãs, mas o setor foi forte em todo o mundo, mostra o levantamento.
Veja o ranking das empresas que mais pagaram dividendos no 2T23, segundo a Janus Henderson:
Empresa | |
1º | Nestle SA |
2º | HSBC Holdings |
3º |
Mercedes-Benz Group AG
|
4º |
China Mobile Limited
|
5º |
Bayerische Motoren Werke AG
|
6º | BNP Paribas |
7º |
Microsoft Corporattion
|
8º | Allianz SE |
9º | Sanofi |
10º | Axa |
Brasil em baixa
Em 2022, a Petrobras (PETR4) liderou o ranking da Janus como a empresa que mais distribuiu dividendos em todo o mundo. Neste ano, a empresa sequer apareceu na lista das 10 maiores pagadoras.
A petroleira fez o maior corte de dividendos global no segundo trimestre, uma queda de 44%, depois de ajustados os movimentos da taxa de câmbio, dividendos especiais não recorrentes e outros fatores técnicos.
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Ao todo, os pagamentos no Brasil caíram 53%, pressionados principalmente pela redução dos dividendos das empresas de energia. Mas não foi só o País que viu seus proventos diminuírem. Com a queda das empresas de petróleo e gás, outras partes da América Latina também viram sua remuneração de investidores diminuir.
Com isso, os dividendos dos mercados emergentes diminuiu 0,8% em relação ao ano anterior.
Perspectivas para 2023
Apesar do novo recorde global, a Janus Henderson manteve sua projeção de dividendos inalterada para o fim de 2023. Com as expectativas de desaceleração do crescimento da economia global no radar, a gestora espera que o pagamento de proventos termine o ano em USS$ 1,64 trilhão – o que ainda seria um recorde.
Ben Lofthouse, head de renda variável Global da Janus Henderson, destaca no relatório que o crescimento econômico em todo o mundo está se moderando à medida que responde às taxas de juros mais altas. Depois de recordes em 2022, o mercado agora espera uma estabilidade nos lucros das empresas globais. “Entretanto, esperamos que o crescimento dos dividendos continue”, diz.
“É provável que o setor bancário continue a apresentar um crescimento sólido até o fim do ano e faça um pagamento recorde aos acionistas. Um ambiente econômico mais fraco é normalmente negativo para os bancos, mas o efeito positivo sobre as margens bancárias decorrente do fim de anos de taxas de juros ultrabaixas é muito forte e está impulsionando o pagamento de dividendos”, ressalta Lofthouse.
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