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- O Ibovespa caiu 0,88%, aos 127.027,1 pontos, e com volume negociado de R$ 17,8 bilhões
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Casas Bahia (BHIA3), Marfrig (MRFG3) e Dexco (DXCO3)
O Ibovespa hoje terminou o dia em baixa de 0,88%, aos 127.027,1 pontos, e com volume negociado de R$ 17,8 bilhões. Nesta sexta-feira (22), a principal referência da B3 oscilou entre máxima a 128.158,57 pontos e mínima a 126.879,44 pontos.
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Na última sessão da semana marcada por decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, os investidores operaram com cautela. Contribuiu para isso a divulgação do primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano, que prevê um bloqueio de R$ 2,9 bilhões em despesas discricionárias (não obrigatórias) no Orçamento de 2024 para cumprir o limite de gastos do novo arcabouço fiscal e a meta de déficit fiscal zero.
“Dúvida sobre o ciclo de queda da Selic, diante das incertezas com a inflação, além do risco fiscal sobre o cumprimento da meta de déficit zero neste ano. Esta foi a combinação perfeita para pressionar o Ibovespa, que teve dificuldades para segurar os 127 mil pontos após a piora das bolsas de Nova York“, destaca Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Os papéis da Vale (VALE3), de maior peso para a composição do Ibovespa, também sofreram no dia e ajudaram a empurrar a Bolsa brasileira para o campo negativo. As ações da mineradora encerraram o dia em desvalorização de 1,15%, cotadas a R$ 60,95. Quem também teve um desempenho ruim foram os papéis de grandes bancos, com o Índice Financeiro (IFNC) terminando o pregão em baixa de 1,46%, aos 13.036,62 pontos.
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Em Nova York, S&P 500 e Dow Jones caíram 0,14% e 0,77%, respectivamente, enquanto Nasdaq subiu 0,16%, em sessão de fôlego fraco, após os três índices terem atingido recordes históricos de fechamento na véspera. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, até chegou a discursar em evento do próprio banco central americano, mas não tratou de política monetária nem da perspectiva futura para a economia dos Estados Unidos.
Nesta sexta-feira, o dólar avançou 0,39% frente ao real na sessão, atingindo R$ 4,9986. O euro, por sua vez, recuou 0,09%, sendo negociado a R$ 5,401 ao final do pregão.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Casas Bahia (BHIA3), Marfrig (MRFG3) e Dexco (DXCO3).
Casas Bahia (BHIA3): -12,93%, R$ 6,8
As ações da Casas Bahia (BHIA3) sofreram a principal queda do Ibovespa nesta sexta-feira e encerraram em baixa de 12,93%, a R$ 6,8. Os papéis terminaram o dia sendo negociados abaixo de R$ 7, a sua menor cotação desde o grupamento de ações, em meados de dezembro de 2023.
Ao Broadcast, Julia Monteiro, analista da MyCap, explicou que essa deterioração do papel também refletiu a saída do investidor estrangeiro da Bolsa brasileira e a desconfiança quanto à migração para renda fixa. “Mas Casas Bahia também é dependente de crédito e ainda não conseguiu a grande recuperação operacional e no fluxo”, disse.
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A BHIA3 está em baixa de 24,78% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 40,25%.
Marfrig (MRFG3): -6,6%, R$ 9,62
Os papéis da Marfrig (MRFG3) também sofreram no Ibovespa, encerrando em baixa de 6,6%, cotados a R$ 9,62. O movimento foi de realização de lucros. “Sempre que o papel atinge R$ 10, que é região de topo dos últimos seis meses, os investidores comprados vendem para realizar o lucro”, destacou Rodrigo Brolo, sócio da Criteria Investimentos, ao Broadcast.
A MRFG3 está em baixa de 2,83% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0,82%.
Dexco (DXCO3): -4,34%, R$ 7,93
Para completar a lista de maiores baixas, estiveram ainda as ações da Dexco (DXCO3), que foram pressionadas pelo aumento do risco fiscal, já que são papéis cíclicos, mais ligados à economia doméstica e sensíveis aos juros altos. Ao final do pregão, as ações estavam cotadas a R$ 7,93, em desvalorização de 4,34%.
A DXCO3 está em baixa de 1,73% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0,89%.
*Com Estadão Conteúdo
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