

O Ibovespa na semana conseguiu acumular leve alta de 0,34%, alcançando o patamar de 127.682,4 pontos. Investidores monitoraram as idas e vindas dos anúncios tarifários de Donald Trump, que pesaram não apenas na Bolsa local, como também nos mercados do mundo todo.
Na quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos decidiu interromper a implementação de suas tarifas recíprocas pelos próximos 90 dias, citando novas negociações com nações estrangeiras sobre comércio. Ao mesmo tempo, o republicano aumentou o imposto sobre as importações chinesas para 145%. O anúncio deu fôlego aos mercados no dia, com o Ibov fechando em alta de 3,12%, sem nenhuma ação de sua carteira no vermelho.
Já nesta sexta-feira (11), a guerra comercial alcançou mais desdobramentos: a China afirmou que vai elevar sua tarifa retaliatória sobre importações dos Estados Unidos de 84% para 125%. A nova taxa entra em vigor neste sábado (12). Pequim também sinalizou que não vai mais igualar eventuais novas elevações de tarifas pelos EUA, com o argumento de que as importações americanas não são mais comercializáveis nos níveis atuais.
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Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 5,7%, 4,95% e 7,29%, respectivamente. Os índices ganharam fôlego nesta sexta-feira com a temporada de balanços de grandes bancos. As ações do JPMorgan (JPM), que teve lucro líquido de US$ 14,64 bilhões no primeiro trimestre de 2025 – maior do que o ganho de US$ 13,42 bilhões no mesmo intervalo de 2024 – chegaram a saltar 4%.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar acumulou alta de 0,61% na semana, terminando o período cotado a R$ 5,8707. No intervalo, porém, a moeda americana chegou a ultrapassar o nível de R$ 6, marca não registrada desde janeiro. “O real teve uma performance mais fraca que a de outras moedas emergentes, refletindo não só o ambiente internacional turbulento, mas também preocupações domésticas”, avalia Christian Iarussi, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital.
As maiores altas do Ibovespa na semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram GPA (PCAR3), LWSA (LWSA3) e Vamos (VAMO3).
GPA (PCAR3): 17,96%, R$ 3,81
As ações do GPA (PCAR3) registraram a maior alta do Ibovespa na semana, disparando 17,96% a R$ 3,81 no período. Investidores acompanham possíveis mudanças no conselho de administração da empresa.
A PCAR3 está em alta de 23,3% no mês. No ano, acumula uma valorização de 49,41%.
LWSA (LWSA3): 13,95%, R$ 2,94
Quem também se saiu bem foi a LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, que registrou alta de 13,95% a R$ 2,94 na semana, sem gatilhos específicos.
A LWSA3 está em alta de 10,11% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -11,45%.
Vamos (VAMO3): 11,7%, R$ 4,87
Outro destaque positivo foi a Vamos (VAMO3), subindo 11,7% a R$ 4,87 no período. Os ganhos foram conquistados principalmente nesta sexta-feira, quando os papéis dispararam 12,73%, diante da retomada de cobertura pelo Morgan Stanley.
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A VAMO3 está em alta de 10,93% no mês. No ano, acumula uma valorização de 2,53%.
As maiores quedas do Ibovespa na semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram as ordinárias da Petrobras (PETR3) e as preferenciais (PETR4), assim como os papéis do IRB (IRBR3).
Petrobras (PETR3): -10,1%, R$ 33,92
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) tiveram o pior desempenho do Ibovespa na semana, tombando 10,1% a R$ 33,92 no período. Os papéis sofreram com o tombo dos preços do petróleo. A preocupação dos investidores é de que a guerra comercial provoque uma recessão global e enfraqueça a demanda pela commodity.
A PETR3 está em baixa de 16,9% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,93%.
IRB (IRBR3): -8,58%, R$ 44,63
Quem também se saiu mal na semana foi o IRB (IRBR3), que cedeu 8,58% a R$ 44,63. Ao E-Investidor, Frederico Knapp, vice-presidente financeiro (CFO) da empresa, contou que o ressegurador deve anunciar a retomada de pagamentos de dividendos aos acionistas a partir do balanço do quarto trimestre de 2025, divulgado no início de 2026.
A IRBR3 está em baixa de 12,93% no mês. No ano, acumula uma valorização de 5,14%.
Petrobras (PETR4): -7,81%, R$ 31,85
Outro destaque negativo do Ibovespa na semana foram as ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que derreteram 7,81% a R$ 31,85.
A PETR4 está em baixa de 14,29% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 11,99%.
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*Com Estadão Conteúdo