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- Em mais um capítulo da disputa pela Linx, a empresa de software contesta documento divulgado pela Totvs a acionistas. O protocolo de incorporação conteria, sem permissão, o nome de conselheiros na página de assinaturas
- Na outra ponta, a proposta feita pela Stone à fabricante de softwares está sendo acompanhada de perto pela B3, que reprova a multa estabelecida no acordo em caso de não aprovação da incorporação pelos acionistas da Linx
Parece que o imbróglio envolvendo a disputa pela empresa de softwares para varejo Linx (LINX3) está longe de acabar. Na última terça-feira (27) a Totvs (TOTS3), uma das candidatas a adquirir a companhia, publicou um comunicado em que convoca os acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para o dia 27 de novembro. O objetivo seria aprovar o ‘protocolo e justificação de incorporação’ da Linx.
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O documento continha, na página de assinaturas, os nomes de dois conselheiros da Linx: João Cox e Roger de Barbosa Ingold. Porém, na manhã desta quarta-feira (28), a fabricante de softwares publicou um fato relevante em que afirma que nunca concordou com a elaboração de tal protocolo. A inclusão dos membros do Conselho teria sido feita sem o aval da companhia.
“A Linx esclarece que nenhum dos seus administradores firmou qualquer protocolo e justificação de incorporação ou de incorporação de ações com a Totvs ou qualquer subsidiária da Totvs”, explica a Linx, no comunicado.
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Para embasar a contestação, a empresa cita os artigos 224, 225 e 252 da Lei nº 6.404/76, que versam sobre as condutas para a aprovação de cisões, fusões e incorporações. Sem a anuência de ambas as partes, a ‘justificação e incorporação’ não teria validade. No comunicado da Totvs, a companhia explica que a iniciativa visa agilizar o processo e não possui caráter ilegal.
“A administração da Totvs […] optou por convocar prontamente os acionistas para que se manifestem primeiramente sobre a Operação, antes mesmo da sua submissão aos acionistas da Linx, confiante nos benefícios que a Operação trará para ambas as Companhias, seus respectivos acionistas e demais stakeholders”, diz o comunicado.
Em meados de setembro, a Linx já havia se recusado a assinar um protocolo de incorporação da Totvs, que considerou a decisão equivocada. “Essa situação, após mais de 5 semanas de acesso à proposta, reforça a percepção de que a maximização de valor para os acionistas da Linx não tem sido o compromisso, de forma objetiva, do comitê especial da Linx, formado pelos conselheiros independentes.”
Triângulo de interesses
A disputa pela Linx envolve ainda um outro player: a Stone, cuja proposta levantou polêmica por supostamente favorecer acionistas majoritários em detrimento dos minoritários. Após alguns dias de discussão, a companhia de pagamentos mudou os termos da oferta, aumentando em 4%, para R$ 6,283 bilhões.
O acordo entre Linx e Stone também está sendo acompanhado de perto pela B3, que reprova a multa estabelecida na proposta, de R$ 112,5 milhões em caso de não aprovação da incorporação pelos acionistas.
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“É incompatível com os princípios que norteiam tal segmento [Novo Mercado], caracterizando infração ao seu Regulamento”, afirma a diretoria de emissores da B3.