O megainvestidor Luiz Barsi falou, em evento do AGF nesta quarta-feira (30), sobre duas ações que podem pagar dividendos consistentes para a pessoa física. Ao citar as ações, Barsi e sua equipe lembraram que a conversa não era uma recomendação de investimento e sim uma “visão de mundo do rei dos dividendos”.
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Durante a conversa, Barsi comentou sobre a fusão da AES Brasil (AESB3) com a Auren (AURE3). Na visão dele, a Auren tende a se tornar a terceira maior produtora de energia do país quando toda a fusão com a AES se encerrar. “A primeira (maior produtora de energia) é Eletrobras (ELET3), a segunda é a Engie (EGIE3) e daqui a seis meses a terceira será a Auren. Acredito que ela terá todo o potencial de gerar receitas e de fazer parte de uma carteira mensal de dividendos”, explicou.
A AES Brasil anunciou uma proposta de fusão com a Auren no dia 15 de maio deste ano. As companhias informaram que a combinação dos negócios ocorrerá por meio da incorporação de ações. Assim, a AES Brasil será uma subsidiária integral da Auren. Com isso, esta quinta-feira (31) será o último dia de negociação das ações da AESB3 na B3, a Bolsa de Valores brasileira.
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Com a operação, os investidores da AES tiveram três opções, que puderam escolher até terça-feira (29):
- Receber 9 ações ordinárias e 1 ação preferencial da Auren;
- Receber 5 ações ordinárias e 5 ações preferenciais da Auren;
- Receber 10 ações preferenciais da Auren
Qual é a outra ação que Barsi vê grandes potenciais em dividendos?
Ainda durante o evento do AGF, Luiz Barsi disse que vê a Klabin (KLBN11) como uma boa empresa para o investidor lucrar com dividendos. “A Klabin desenvolveu uma saga e um patrimônio espetaculares. Gosto da Klabin porque ela está com um preço baixo. Você consegue comprar mais ações para receber melhores dividendos”, explica Barsi.
CEO da Klabin, Cristiano Teixeira estava no evento do AGF. Em outra palestra, ele revelou que a companhia deve pagar entre R$ 1,20 e R$ 1,25 por ação unit no ciclo 2025 e 2026. A fala foi feita em evento realizado pelo AGF nesta quarta-feira (30), na capital paulista.
“Esse número entre R$ 1,20 e R$ 1,25 deve seguir. Nós mudamos nossa política de dividendos para investir em crescimento para a empresa. Eu pago 20% da minha geração de caixa e vou começar a pagar 15%. No entanto, como o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) vai crescer, nós vamos manter o mesmo valor que já pagamos hoje por ação”, disse Teixeira.
Na terça-feira, a Klabin informou que seu Conselho de Administração aprovou que os acionistas terão direito a receber, como dividendo obrigatório, 25% do lucro líquido, apurado ao final de cada exercício. O saldo do lucro líquido que superar o dividendo obrigatório, após as destinações às reservas de lucros aplicáveis, poderá ser retido com base em orçamento de capital, ou distribuído aos acionistas caso não afete a alavancagem da empresa.
A administração, observadas as prescrições legais, poderá levantar balanços em períodos inferiores ao anual e, por deliberação do Conselho de Administração, declarar dividendos da Klabin intermediários ou intercalares, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço.
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Ou seja, mesmo com a mudança do payout, Luiz Barsi diz que a ação da Klabin é uma boa escolha para o investidor, assim como a Auren. No fim da pergunta, Barsi e sua equipe repetiram que as declarações sobre as ações das empresas eram apenas as opiniões do rei dos dividendos e não se configuram recomendação de investimentos.