Luiz Barsi, o maior investidor individual do País (Foto: Carla) Carniel/Reuters)
O maior investidor pessoa física da Bolsa, Luiz Barsi, está sendo investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suposto uso de informação privilegiada na Unipar Carbocloro (UNIP6), empresa em que é conselheiro de administração. A informação veio à tona pela coluna do Lauro Jardim, do O Globo, no último domingo (16).
De acordo com o processo 19957.007375/2022-43, aberto em 30 de junho deste ano, Barsi teria negociado ações antes do fato relevante do dia 02 de junho de 2021 – data em que ações subiram 8,65%. Na época, a empresa respondia esclarecimentos sobre uma notícia vinculada no jornal Valor Econômico referente à compra da fábrica de cloro-soda da Compass Minerals por R$ 300 milhões.
O megainvestidor se pronunciou a respeito na conta do Instagram de sua filha, a analista CNPI Louise Barsi. Em nota, o bilionário disse que se trata de um “procedimento de apuração” e que tem plena convicção de que “nada de errado foi praticado”. (Leia aqui a opinião polêmica de Barsi sobre operações vendidas)
Além disso, reforçou sua filosofia de investimento de compra de ativos para longo prazo e ganho de dividendos, o que seria incompatível com a prática de aferir lucros no curto prazo usando de informação privilegiada.
Segundo Barsi, as operações questionadas: ocorreram fora do período de silêncio, portanto seriam lícitas; possuem valores extremamente “imateriais” perante a posição que ele carrega em Unipar; e foram operações “exclusivamente” de compra, portanto sem evidência de lucro auferido.
“Não tenho uma carteira especulativa e nem me respaldo em qualquer informação para aquisição ou venda dos meus ativos, valendo-me sempre dos meus princípios que me guiam desde o início da minha vida como investidor. Estou e sempre estive à disposição das autoridades”, afirma Barsi.