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Mercado

Para Barsi, aluguel de ações é estelionato. Veja o que diz o mercado

Luiz Barsi faz críticas aos fundos que operam vendidos, mas analistas rebatem a tese

Por Jenne Andrade

21/03/2022 | 3:00 Atualização: 21/03/2022 | 10:18

Luiz Barsi. Foto: Alex Silva/Estadão
Luiz Barsi. Foto: Alex Silva/Estadão

Para Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da B3, a bolsa brasileira legalizou o estelionato ao não regular o suficiente operações vendidas feitas por grandes fundos de investimento. O bilionário, que concedeu esta entrevista ao E-Investidor na semana de seu aniversário de 83 anos, disse que essa estrutura de negociação cria uma distorção nos preços das ações, que deixam de refletir os resultados das empresas.

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Segundo Barsi, estes são alguns ativos que seriam afetados pela pressão vendedora de grandes fundos: IRB (IRBR3), Cielo (CIEL3) Cosan (CSAN3) e Vibra Energia (BRDT3) – companhias nas quais o lendário investidor está aumentando posições e possuem milhões de papéis alugados.

Vale lembrar que para montar uma ‘posição vendida’ ou ‘apostar contra’ um ativo é necessário vender uma ação que não se tem na carteira – a chamada ‘venda a descoberto’ ou ‘short’. Nesse tipo de operação, o fundo aluga ações que pertencem a outro investidor e paga, por elas, uma taxa de aluguel.

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O segundo passo é fazer a venda dos títulos alugados, na expectativa de que no momento da recompra os papéis estejam mais baratos (o que nem sempre acontece). Após a recompra, esses ativos são devolvidos ao dono original, o ‘locatário’.

De acordo com levantamento feito pela Economatica Brasil, até dia 17 de março (dados mais recentes) IRB tinha 174,6 milhões de ações alugadas, enquanto Cielo tinha 83,4 milhões. A Cosan apresentava 48 milhões de papéis em aluguel e Vibra, 34,9 milhões.

“Os fundos alugam mais de 100 milhões de ações da IRB e jogam tudo de uma vez só no mercado, que não tem estrutura de investidores para suportar uma pressão dessa natureza”, afirma Barsi. “O mesmo ocorre com a Cielo, Cosan e Vibra.”

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Ele alega que as possíveis distorções poderiam ser controladas pelos órgãos fiscalizadores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a própria B3, que "não enxergariam que esse tipo de alocação prejudica a formação natural dos preços".

“Essa estrutura permite que haja interferências de manipulação. Com mais de 170 milhões de ações locadas, é claro que IRBR3 custa hoje R$ 3. Se não tivessem essas locações, o papel poderia estar tranquilamente a R$ 5”, ressalta Barsi. “Se você aluga uma casa, você não pode vender ela, pois seria estelionato. Então, por que se pode alugar e vender ativos?.”

O ‘'mestre dos dividendos’ aponta ainda que os fundos sabem que são capazes de influenciar as cotações. “Eles criam essas pressões vendedoras e consequentemente se beneficiam, já que o papel cai e eles compram mais barato e devolvem. E, veja bem, eles não pagam um tostão de imposto sobre o lucro, diferente das pessoas físicas que pagam 15%.”

Procurada pelo E-Investidor, a CVM afirmou que acompanha e analisa as movimentações de fundos de investimentos, assim como de outros investidores em mercado, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário.

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Na outra ponta, a B3 ressaltou que o sistema de controle para exposição vendida em ações que o Brasil possui é um dos mais eficazes do mundo. A instituição também afirma que há limites estabelecidos (conforme instrução 283 da CVM) a cada investidor ou grupo de investidores para operações de empréstimos de ativos. Por exemplo, um único investidor ou grupo de investidores atuando em conjunto não poderia carregar uma posição vendida superior a 5% do free float (total de ativos em circulação) de um determinado papel.

"O mercado não pode carregar posição vendida superior a 25% do free float de um ativo", afirma a bolsa. "A B3 acompanha diariamente os casos de violação de limite de posição e aplica as sanções cabíveis, incluindo multas. Há ainda uma estrutura de autorregulação e regulação que acompanha e atua nos casos de suspeita de manipulação de mercado, também aplicando as penalidades previstas."

O que pensa o mercado

O E-Investidor conversou com três especialistas sobre vendas a descoberto. Entre eles, a opinião de Barsi não encontra eco. Filipe Ferreira, diretor financeiro da Comdinheiro, diz que a capacidade dos fundos de pressionarem as ações é limitada.

Ele reforça que o mercado brasileiro está distante de viver uma situação similar ao que ocorreu no ano passado nos Estados Unidos, quando um movimento orquestrado de vendas a descoberto esmagou os papéis de empresas como a GameStop. Em reação, investidores mobilizados pelo fórum Reddit começaram a comprar as ações, de forma organizada. O objetivo era fazer a cotação subir e obrigar os hedge funds a liquidarem as operações vendidas.

O resultado foi um short squeeze - os fundos que tinham grandes posições vendidas tiveram que desfazer rapidamente as operações, recomprando os ativos com enormes prejuízos. “Naquela época, você tinha 150% do free float do papel com posições vendidas [nos EUA]”, afirma Ferreira. “Estamos muito longe de ter papéis que tenham uma posição vendida dessa magnitude”

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Ferreira também analisou a quantidade de ações alugadas de IRB, Cielo, Cosan e Vibra em relação ao total de ações em circulação no mercado (free float).

De acordo com o levantamento feito pela Comdinheiro, as posições vendidas em IRBR3 representam 15,1% das ações em circulação. CIEL3, CSAN3 e VBBR3 possuem percentuais menores, com 4,9%, 2,3% e 2,6%, respectivamente.

A quantidade de empréstimos em relação ao volume de negociação mensal dos papéis também é considerada baixa. “Ainda que você usasse todo o volume de ações em empréstimos para agredir os papéis do IRB, ainda não daria nem 16% do volume de negociação de 1 mês”, afirma Ferreira. “Se existe uma pressão vendedora, também existe uma pressão compradora.”

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Segundo o diretor financeiro, uma anomalia de mercado pode até acontecer, mas não seria causada pelas posições vendidas, nos casos acima. Essa visão é compartilhada por João Beck, economista e sócio da BRA. Para o especialista, as vendas a descoberta são importantes ferramentas e ajudam os preços a convergirem ao equilíbrio.

“No curto prazo, entendo que alguns fatores de fluxo afetam o papel, mas, para prazos mais longos, o que determina o preço é a expectativa de lucro da empresa”, afirma Beck. “Proibir o ‘short’ só causaria problemas piores, como a falta de liquidez nas bolsas. O volume poderia cair e isso é ruim para todo o sistema.”

Vale destacar que ''distorções'' também podem ocorrer para cima, com ações cujos preços estão sobreavaliados. “Se proibisse posições vendidas, ainda assim haveriam preços errados na economia. Algumas ações poderiam ficar muito mais caras do que realmente valem”, diz Beck. “E se há excesso de posições vendidas no mercado, irá acontecer como nos EUA, quando ocorreu o short squeeze e alguns fundos que estavam com excesso de posições quebraram.”

Para Rob Correa, analista de investimentos CNPI e autor do livro “Guia do Investidor de Sucesso no Longo Prazo”, a existência do short aumenta a eficiência do mercado. Segundo o especialista, o vendedor a descoberto fortalece a bolsa, no sentido de identificar empresas supervalorizadas, acima do preço-justo. Além disso, esse mecanismo é presente em todos os ambientes de negociação desenvolvidos.

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“Nem sempre todo mundo só comprando significa que as perspectivas estão certas. Opiniões divergentes devem ser balanceadas”, afirma. “Isso aconteceu com a IRB. A gestora Squadra encontrou várias incongruências no balanço e entraram vendidos. Aliás, quando o vendedor a descoberto perde dinheiro porque a ação não para de subir, ninguém reclama. Quando ele acerta e ganha, tem reclamação.”

Barsi compra mais ações do IRB

Em julho do ano passado, Barsi revelou que estava montando uma posição relevante em IRB. A empresa viu os papéis derreterem desde a descoberta de fraudes em balanços, em fevereiro de 2020. De lá para cá, executivos suspeitos de participação na manipulação contábil foram demitidos e a IRBR3 caiu 92% na bolsa, passando de R$ 35,4 para os atuais R$ 3.

O ressegurador está em fase de reestruturação. Isto é, a nova gestão está se desfazendo de contratos ruins e tentando retomar o caminho da lucratividade.

No fim de fevereiro, a companhia divulgou os resultados do último trimestre. Entre os números, chamou a atenção o prejuízo líquido de R$ 638 milhões em 2021, cerca de 54% menor que o registrado em 2020. Apesar da melhora, os dados ainda estão longe do patamar esperado e boa parte do mercado segue com uma visão cética.

“O índice de sinistralidade continua muito alto, pois a empresa continua lutando por conta de antigas apólices emitidas durante a administração anterior, acusada de fraudes e muitas outras irregularidades”, afirma o BTG Pactual, em relatório. “Pelo que entendemos, a situação parece ruim.”

Os papéis do IRB caíram 3,16% no pregão seguinte à divulgação dos resultados, em 25 de fevereiro. Barsi, por sua vez, aproveitou a oportunidade para comprar mais ações e aumentar sua fatia na empresa.

“Eu vou comprar enquanto ela estiver barata, sem limites”, afirma Barsi. “Quando eu comecei a adquirir a IRB, eu havia analisado o projeto de reestruturação e concluí que teria que analisar a empresa sob o ponto de vista de investimento de médio e longo prazo. Eu exorcizei todos os critérios de curto prazo”, afirma.

O bilionário diz ainda que já esperava que o ressegurador apresentasse dificuldades em 2021, por conta de alguns maus contratos feitos pela antiga gestão. Contudo, vê o IRB retomando resultados positivos a partir deste ano.

“A maioria das pessoas impõe critérios de curto prazo para analisar projetos de médio e longo prazo. Não é a mesma filosofia, não é a mesma linguagem”, explica Barsi. “Fale comigo daqui um ano sobre IRB e você verá que eu tenho razão. A partir de 2022, podemos considerar um novo horizonte pela frente.”

“Não invisto para ganhar trocados”

Com décadas de experiência no mercado financeiro, Barsi é uma daquelas figuras consideradas verdadeiras lendas da Bolsa. A confiança do investidor sobre o IRB vem de um histórico de boas análises, que renderam altos lucros. Aliás, não é a primeira vez que ele investe em uma ação considerada controversa no mercado financeiro.

“Vários papéis que eu comprei as pessoas diziam que eram uma porcaria e hoje custam R$ 100. A Unipar, por exemplo, que eu comprei quando custava R$ 0,25, hoje vale mais do que a Vale. Eu não invisto para ganhar trocados”, diz Barsi. “A grande maioria desse pessoal que opera vendido ganha trocadinhos. Eu, não. Eu espero.”

Além de IRB, Barsi vem aportando recursos em um ritmo ‘considerável’ em Cosan e Vibra Energia. Ele vê os resultados destas companhias como positivos, ao mesmo tempo que as ações não correspondem aos números.

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