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“Com Lula eleito, o mercado cai 5% na segunda-feira”, diz analista

Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimentos, prevê pregão de queda após segundo turno

“Com Lula eleito, o mercado cai 5% na segunda-feira”, diz analista
Flávio Conde, da Levante, vê cenário de incertezas com Lula eleito. Foto: Levante Ideias de Investimento
  • Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimentos, prevê um primeiro pregão de queda na Bolsa após a definição das eleições presidenciais
  • “Com Lula agora eleito, o mercado cai 5% na segunda-feira (31). A Petrobras e o Banco do Brasil, que já vem caindo, desvalorizarão mais 5% - talvez até 10% em um pior momento (do pregão). O dólar deve subir e ir até R$ 5,50 ou 5,60. Isso tudo deve acontecer neste primeiro pregão após o 2° turno", projeta Conde.
  • Agora, o pior cenário é haver uma contestação do resultado eleitoral por parte de Bolsonaro

Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimentos, prevê um primeiro pregão de queda na Bolsa após a definição das eleições presidenciais. O líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, venceu a corrida eleitoral ao obter mais de 50,8% dos votos. O adversário, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), deteve 49,1% e perdeu a disputa pela reeleição.

“Com Lula eleito, o mercado cai 5% na segunda-feira (31). A Petrobras e o Banco do Brasil, que já vem caindo, desvalorizarão mais 5% – talvez até 10% em um pior momento (do pregão). O dólar deve subir e ir até R$ 5,50 ou 5,60. Isso tudo deve acontecer neste primeiro pregão após o 2° turno”, projeta Conde.

Essa reação acontece por conta da indefinição de para onde Lula encaminhará seu discurso. Isto é, se vai seguir um viés de mercado, como no primeiro mandato do petista em 2003, ou se vai ser um governo de “canetadas” e forte intervenção nas estatais.

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“Existe essa indefinição, e por isso a Bolsa deve cair. Não é porque as pessoas não querem o Lula. O mercado financeiro não tem, na minha opinião, preferência. O que o mercado financeiro tem é reação a fatos”, afirma Conde.

Agora, o pior cenário é haver uma contestação do resultado eleitoral por parte de Bolsonaro. “Ameaças, acusações de irregularidades e de supostas fraudes na urna eletrônica, principalmente no Nordeste – esse é um cenário horrível. Se formos por esse caminho, viveremos em um mini caos até o fim de 2022.”

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