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- Ibovespa fecha pela 8ª vez consecutiva em queda, cenário que não era observado desde 14 de junho de 2022
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), Braskem (BRKM5) e Gol (GOLL4)
O Ibovespa hoje caiu 0,05%, aos 118.349,6 pontos e com volume negociado de R$ 23,66 bilhões. Nesta quinta-feira (10), apesar de oscilar positivamente em um dado momento do dia, o principal índice acionário da B3 fechou pela oitava vez consecutiva em queda, resultando em uma desvalorização acumulada de 2,95% ao longo desse período.
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Entre janeiro de 2000 e 10 de agosto de 2023, o Ibovespa vivenciou oito sessões consecutivas de desvalorização em seis ocasiões distintas. A última havia sido observada no dia 14 de junho de 2022, segundo dados do TradeMap. Contudo, a queda atual acumulada (2,95%) é a menor dentre todas as seis amostras.
“O Ibovespa contraria a tendência de Nova York, onde os índices subiram na esteira do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dentro do esperado, o que poderia ajudar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) a dar por encerrado o ciclo de alta dos juros”, comenta o economista e sócio da Nomos, Alexsandro Nishimura.
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O Departamento do Trabalho americano divulgou que o CPI subiu 0,2% em julho, mesmo patamar de junho. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses está em 3,2% nos EUA. Contudo, José Simão, head de Renda Variável da Legend Investimentos, explica que não “dá para cravar que o Fed não vai mais subir os juros”, apesar de aumentar a possibilidade do ciclo ter chegado ao final.
No Brasil, Simão também destaca o número de serviços. Segundo ele, os dados mostraram uma desaceleração, com enfraquecimento da demanda. “Isso pode ser um outro ponto para o Banco Central (BC) olhar em relação ao ritmo de queda dos juros para as próximas reuniões”.
Carlos Honorato, professor da FIA Business School, também salienta que o mercado brasileiro aguarda o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que será divulgado nesta sexta-feira (11). Para o professor, espera-se que o índice retome um cenário de variação positiva em julho, após em junho registrar uma deflação, mas se mantenha próximo à estabilidade.
O dólar e o euro caíram 0,47% e 0,43% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,88 e R$ 5,36, respectivamente. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,03%, 0,15%, 0,12%, respectivamente. As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), Braskem (BRKM5) e Gol (GOLL4).
Azul (AZUL4): +9,83%, R$ 18,22
A aérea se destaca como a maior alta do dia, impulsionada pelo balanço do segundo trimestre de 2023, que apresentou aumento no lucro operacional para R$ 592 milhões, ante R$ 136,5 milhões na mesma etapa de 2022.
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A Azul está em alta de 2,94% no mês. No ano, acumula uma valorização de 65,49%.
Braskem (BRKM5): +6,84%, R$ 24,99
Na sequência, aparecem os papéis da Braskem. “A alta foi influenciada pelo noticiário de que o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Jean Paul Prates, teria indicado que não há intenção de estatizar nem vender fatia da estatal na petroquímica”, afirma Nishimura.
A Braskem está em baixa de 1,61% no mês. No ano, acumula uma valorização de 5,18%.
Gol (GOLL4): +6,27%, R$ 9,66
Nishimura destaca que a queda do dólar e do petróleo sustentam uma maior valorização das ações das aéreas.
A Gol está em alta de 0,31% no mês. No ano, acumula uma valorização de 31,61%.