O que este conteúdo fez por você?
- A Copel (CPLE6) realizou esta semana a oferta de ações que confirmou a sua desestatização
- Segundo especialistas, a privatização é a etapa final de um processo de melhorias operacionais que vinha acontecendo na companhia desde 2019
- Analistas esperam que, privatizada, a Copel tenha ganhos de eficiência
A Companhia Paranaense de Energia, Copel (CPLE6), é a mais nova estatal privatizada da Bolsa brasileira.
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Pouco mais de um ano após a conclusão do processo de desestatização da Eletrobras (ELET6), foi a vez da privatização da companhia de geração, transmissão e distribuição de energia líder no estado do Paraná ser concluída nesta semana.
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Segundo apurou o Broadcast, a demanda pela oferta de ações que privatizou a empresa, realizada nesta quarta-feira (9), superou os R$ 15 bilhões – quase quatro vezes o lote base da oferta. O preço da ação da companhia foi confirmado em R$ 8,25.
Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, destaca que os eventos desta semana relacionados à Copel representama finalização de um processo que já vinha acontecendo desde o início de 2019, quando o executivo Daniel Slaviero tomou posse como CEO da ex-estatal paranaense.
“Desde então, muita coisa foi feita. A companhia saiu do nível 1 para o nível 2 de governança corporativa, mexeu em seus estatutos, na política de investimentos, na política de dividendos, tendo se tornado até uma excelente pagadora de proventos”, diz Arbetman. “Houve um trabalho regulatório muito bem feito em toda a companhia, que, na parte de eficiência operacional, hoje é muito mais próxima dos pares privados que dos pares públicos.”
Arbetman explica que, ainda que a companhia já tenha evoluído sua parte operacional nos últimos anos, ainda há espaço para avanços. Especialmente com maior flexibilidade, agora que a Copel não será mais controlada pelo governo do Paraná. “É um ganho de flexibilidade para com fornecedores, clientes, colaboradores, muita coisa ali pode ser revista. Especialmente do ponto de vista da eficiência, mesmo com a evolução que a gente já viu, alguma coisa ainda pode ser feita.”
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Essa expectativa positiva para com a companhia faz a Ativa manter a recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 10.
Quem também tem recomendação de compra para os papéis da Copel é o Citi, que esta semana elevou o preço-alvo das ações de R$ 9,50 para R$ 12,00. Como mostramos aqui, os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso destacaram que gostam do “risco/recompensa assimétrico da ação”, apesar das altas recentes.
A discussão agora, na visão do Citi, será o quão rápida e profunda será a recuperação de custos da Copel. Os analistas estão assumindo que a companhia levará cerca de 24 meses para atingir seu nível máximo de eficiência. “Pode demorar mais? Talvez. O interessante no caso da Copel é que a empresa está em um processo de recuperação há pelo menos quatro anos, então eles têm um plano em andamento. Só que esse processo contínuo deve se tornar mais fácil com a empresa agora se tornando uma entidade do setor privado”, comentam os analistas.
Às 14h40 desta quinta-feira (10), as ações da Copel subiam 0,35%, cotadas a R$ 8,71. No ano, os papéis acumulam uma valorização de 10,11%.
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