Ibovespa na semana: índice fecha período em leve queda; veja os destaques

Já o dólar, também na quarta, atingiu o menor patamar frente ao real, cotado a R$ 4,73 – nível que não era visto há 15 meses e que se mantém nesta sexta-feira (28).

No mesmo período, o mercado também acompanhou a elevação da nota de crédito do Brasil de BB- para BB pela agência de classificação de risco Fitch.

Essa alta do Ibovespa, segundo Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank, está relacionada à entrada de investimento estrangeiro no país, que também refletiu positivamente na valorização do real. Outro fator que animou o mercado e marca o fim de julho é a resolução dos entraves relacionados ao risco político e fiscal no Brasil.

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“Como a reforma tributária, aprovada na Câmara no começo do mês de julho, e o arcabouço fiscal. Mesmo com a alta, muitas empresas listadas na Bolsa brasileira estão relativamente baratas. O Ibovespa continua descontado frente aos preços que normalmente trabalhamos. Isso mostra que existem oportunidades”, pontua Bazzo.

Na quinta-feira (28), o índice despencou 2,10% e ficou abaixo dos 120 mil pontos. Foi um reflexo da queda da Petrobras (PETR3; PETR4), que recuou 5,75% e 5,13%, respectivamente, devido a preocupações com a política de dividendos da companhia, cujo balanço será divulgado na semana que vem.

Já nesta sexta-feira (29), o Ibovespa subiu 0,16%. Entre os destaques negativos do dia estão as ações da Vale (VALE3), que tombaram mais de 3% após a divulgação dos resultados do segundo trimestre. No período, a mineradora viu seu lucro líquido cair 78,2% na comparação anual, alcançando o patamar de US$ 892 milhões.

O dólar e o euro caíram 1,04% e 1,96% frente ao real na semana, atingindo os R$ 4,73 e R$ 5,22, respectivamente. Em Nova York, na semana, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 1,01%, 0,66%, 2,02%, respectivamente. As três ações que mais valorizaram na semana foram Méliuz (CASH3), Carrefour (CRFB3) e Petz (PETZ3).

Méliuz (CASH3): +26,39%, R$ 9,58

Méliuz, segundo Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, tem chamado a atenção do mercado pela possibilidade de pagar um dividend yield na casa de 40% pela venda do Bankly. “Lembrando que essa venda já foi anunciada, mas falta a conclusão da venda pelo Banco Central para ter esse possível pagamento de dividendos”, completa.

A Méliuz está em alta de 22,66% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 18,81%.

Carrefour (CRFB3): +15,92%, R$ 12,67

O Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 29 milhões no segundo trimestre de 2023, conforme balanço divulgado nesta semana. O resultado é 95% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

Piovesan explica que, mesmo com uma queda, os números vieram melhores do que o esperado.

“O mercado estava esperando um resultado muito pior do que veio, e nos últimos dias o papel tem sido muito procurado. Chegou a devolver a alta e hoje está subindo de novo repercutindo esse bom resultado, que veio bem melhor, eu diria, do que o mercado estava precificando”, afirma Piovesan.

A Carrefour está em alta de 13,13% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,28%.

Petz (PETZ3): +9,71%, R$ 6,78

A companhia se destaca como a terceira alta da semana, com investidores de olho na corte da Selic que o mercado espera na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontece na quarta (2). Isso porque a varejista, assim como seus pares cíclicos, são mais sensíveis a curva de juros. Nesta semana, a curva precificou chance de 70% de redução de 0,50 p.p. (pontos percentuais) no corte da Selic.

A Petz está em alta de 3,2% no mês. No ano, acumula uma valorização de 8,65%.

*Com Estadão Conteúdo

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