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Ibovespa na semana: cíclicas lideram as perdas na 1ª semana negativa de julho

Índice da Bolsa caiu 0,99% na semana, de 128.896,98 pontos para 127.616,46 pontos. Entenda o que aconteceu

Ibovespa na semana: cíclicas lideram as perdas na 1ª semana negativa de julho
Usiminas, em Ipatinga (MG). FOTO: SERGIO ROBERTO OLIVEIRA/ ESTADÃO
  • Ibovespa caiu 0,99% na semana, de 128.896,98 pontos para 127.616,46 pontos
  • As três ações que mais valorizaram na semana foram Usiminas (USIM5), Embraer (EMBR3) e Gerdau (GOAU4)
  • As três ações que mais caíram na semana foram Pão de Açúcar (PCAR3), Cogna (COGN3) e CVC (CVCB3)

O Ibovespa caiu 3% na semana, de 128.150,71 pontos para 124.305,57 pontos. O desempenho negativo interrompe a sequência positiva que já durava por quatro semanas, quando a B3 registrou 11 pregões consecutivos de alta.

O desempenho negativo da Bolsa na semana foi puxado principalmente pelo resultado da quinta-feira (18), quando o índice caiu 1,39%. Naquele dia, o ministro Fernando Haddad afirmou que o presidente Lula deu autorização para que sua equipe avance na análise de medidas legais para implementar um corte de R$ 25,9 bilhões no Orçamento de 2025, mas reforçou que ainda não há decisão sobre se essas mudanças serão realizadas por meio de um projeto de lei ou de Medida Provisória (MP). A incerteza fiscal levou o índice da B3 à pior queda diária desde o pregão de 12 de junho.

O Ibovespa subiu 0,33% na segunda (15) e 0,26% na quarta-feira (17). Na terça (16) e nesta sexta-feira (19), o índice registrou baixas de 0,16% e 0,03%, respectivamente. O último pregão da semana foi marcado ainda pelo apagão cibernético, que impactou serviços globais e acabou tirando o foco da decisão do Governo Federal de congelar R$ 15 bilhões em despesas públicas para cumprir com o arcabouço fiscal.

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Depois de algumas semanas em queda, dólar e o euro voltaram a subir frente ao real. A moeda americana passou de R$ 5,43 para R$ 5,60, com uma alta de 3,13%. Já o euro subiu 2,87%, de R$ 5,92 para R$ 6,09.

As três ações que mais valorizaram na semana no índice Bovespa foram Usiminas (USIM5), Embraer (EMBR3) e Gerdau (GOAU4).

Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:

Maiores alta do Ibovespa na semana

Usiminas (USIM5): +5,33%, R$ 8,49

As ações da Usiminas subiram 5,33% na semana, a R$ 8,49, o suficiente para liderar a valorização semanal dentre as ações do Ibovespa. A valorização acontece depois que a maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, aumentou a participação na empresa para 5% do total de ações PNA. Além disso, em relatório, o Goldman Sachs destaca que a demanda da América Latina para aço está relativamente resiliente.

A USIM5 sobe 7,84% no mês, mas cai 5,01% no ano.

Embraer (EMBR3): +3,16%, R$ 41,52

As ações da Embraer subiram 3,16% na semana, refletindo a reação positiva do mercado ao relatório de entregas e a carteira de pedidos firmes (backlog) do segundo trimestre de 2024 da empresa. Com isso, o papel é cotado a R$ 41,52.

O papel sobe 14,85% no mês e dispara 85,44% no ano.

Gerdau (GOAU4): +3,08%, R$ 11,06

As ações da Gerdau subiram 3,08%, cotadas a R$ 11,06, também impulsionadas pelo relatório do Goldman Sachs, que destaca que o papel ainda tem valuation barato.

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A GOAU4 sobe 3,85% no mês e 4,05% em 2024.

As maiores quedas do Ibovespa na semana

As três ações que mais caíram na semana foram Pão de Açúcar (PCAR3), Cogna (COGN3) e CVC (CVCB3).

Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:

Pão de Açúcar (PCAR3): -13,99%, R$ 2,91

As ações do grupo Pão de Açúcar se destacam no campo vermelho com queda de 13,99%, a R$ 2,91, depois de frustrar investidores ao negar negociações com Cencosud sobre participação de fatia do Casino. O papel vinha acumulando uma alta expressiva no mês de julho, apoiado nos ruídos de que o consórcio chileno Cencosud estaria interessado nas ações detidas do Casino. Com isso, a negativa da informação levou investidores a desmontarem posições criadas com as especulações.

A PCAR3 ainda sobe 7,78% no mês, mas cai 28,33% no ano.

Cogna (COGN3): -11,64%, R$ 2,91

O avanço dos juros futuros penalizou as ações sensíveis ao desempenho da economia doméstica, conhecidas como cíclicas. Foi o caso da Cogna, que caiu 11,64% na semana, a R$ 2,91.

Os papéis caem 5,65% no mês e 52,15% no ano.

CVC (CVCB3): -10,53%, R$ 1,87

O mesmo cenário pressionou as ações da CVC, que cederam 10,53% na semana, a R$ 1,87.

A CVCB3 cai 4,59% no mês. No ano, acumula uma queda de 46,57% no Ibovespa.

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*Com Estadão Conteúdo

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