O que este conteúdo fez por você?
- Dezembro foi um mês agitado para o mercado local, com novas altas do dólar e decisões monetárias
- Investidores também estiveram de olho na tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional
- Para janeiro, corretoras e bancos mantém preferência por três ações
O Ibovespa terminou o último mês de 2024 no patamar de 120,3 mil pontos, acumulando perdas de 10,36% no ano. Dezembro foi marcado por novas altas do dólar, enquanto o mercado monitorou a votação do pacote fiscal no Congresso Nacional e decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
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Depois de passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, o plano de corte de gastos do governo foi desidratado, com alterações em 19 trechos dos três projetos apresentados pelo Executivo para manter o arcabouço fiscal de pé. Inicialmente, o Ministério da Fazenda esperava R$ 71,9 bilhões de economia com as medidas até 2026. Após as mudanças no Congresso, a pasta revisou para R$ 69,8 bilhões a previsão de economia em dois anos com as propostas.
Além de manter a atenção no pacote fiscal, investidores também acompanharam em dezembro os passos do Banco Central na condução da taxa básica de juros brasileira. A Selic foi ampliada em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e o Comitê de Política Monetária (Copom) prometeu mais dois aumentos da mesma magnitude nas próximas reuniões.
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Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano. Entre os 19 dirigentes do Fed presentes na última reunião de 2024, 10 disseram acreditar que os juros terminarão 2025 entre 3,75% e 4%, ou seja, 0,50 ponto porcentual abaixo do nível atual.
Além das decisões monetárias, o mercado também observou em dezembro uma nova onda de valorização do dólar. A moeda americana superou o patamar de R$ 6 e atingiu níveis recordes na história do real, o que levou o Banco Central a realizar diferentes leilões para tentar conter a valorização da divisa.
Mesmo diante de um cenário de incertezas em relação à economia doméstica, a equipe da Ágora Investimentos mantém o otimismo com o mercado acionário para 2025. “Naturalmente, são durante os períodos de maiores dúvidas que surgem as melhores oportunidades – e, justamente por isso, não descartamos uma eventual recuperação técnica dos ativos locais ao longo de janeiro. Mantemos uma visão de que, dentro de um portfólio de investimentos equilibrado, deve haver ainda exposição à renda variável”, destaca em relatório.
As melhores ações para começar 2025 com o pé direito
Entre as recomendações de bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor para janeiro, três ações se destacam e ficam empatadas no primeiro lugar. No topo das preferências, estão os papéis da Petrobras (PETR4), JBS (JBSS3) e o Itaú (ITUB4), com três citações cada um.
No caso da petroleira, a Ágora acredita que a tese para o investimento continua ancorada nas expectativas de retorno total ao acionista através da distribuição de bons dividendos. “A empresa segue com boa geração de caixa e estimamos um rendimento médio de dividendos justo de 12% para os próximos cinco anos”, destaca a corretora.
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A casa também enxerga, de forma positiva, as ações da JBS. Mesmo incorporando resultados no segmento de aves mais fracos à frente, a Ágora vê as ações sendo negociadas a cinco vezes o múltiplo EV/EBITDA para 2025 – indicador que relaciona o valor da companhia (EV) e o seu Ebitda (geração de caixa) –, um desconto considerado injustificado em relação à sua média histórica e abaixo dos pares do setor de proteínas.
“Além da probabilidade de a listagem nos Estados Unidos avançar, que parece mais forte do que nunca e pode ser um evento transformacional em termos de múltiplos de avaliação, boa parte da receita da JBS é dolarizada, o que a torna um player defensivo para o atual cenário de instabilidade cambial”, pontua.
Em relação ao Itaú, a Empiricus acredita que a empresa deve manter a boa execução na frente de crédito, que ganha ainda mais importância diante do ciclo de alta da Selic. “A companhia está reagindo bem à competição das fintechs. O foco passou a estar na retenção do cliente por meio de experiências melhores (plataforma de investimentos Íon e super app One, por exemplo). Com o tempo, isso deve ajudar o banco a aumentar sua receita por cliente, em última instância”, complementa ainda a casa em relatório.
Veja a seguir as carteiras de corretoras e bancos consultados pelo E-Investidor:
Ágora Investimentos
Para o mês de janeiro, a Ágora optou por realizar duas alterações na composição da carteira, retirando as ações da Localiza (RENT3) e as do BTG Pactual (BPAC11). No lugar, incluiu os papéis da Suzano (SUZB3) e do Itaú (ITUB4).
Ações |
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Eletrobras (ELET6) |
Cyrela (CYRE3) |
EcoRodovias (ECOR3) |
Suzano (SUZB3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Itaú (ITUB4) |
JBS (JBSS3) |
Petrobras (PETR4) |
Sabesp (SPSP3) |
Vale (VALE3) |
Ativa Investimentos
A Ativa trocou toda a carteira para janeiro. Entraram B3 (B3SA3), Direcional (DIRR3), Brava Energia (BRAV3), Mercado Livre (MELI34) e Sabesp (SBSP3), enquanto CPFL (CPFE3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Klabin (KLBN11), Marfrig (MRFG3) e Petrobras (PETR4) saíram.
Ações |
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B3 (B3SA3) |
Direcional (DIRR3) |
Brava Energia (BRAV3) |
Mercado Livre (MELI34) |
Sabesp (SBSP3) |
BB Investimentos
O BB alterou sua carteira inteira para janeiro. O banco acrescentou as ações da B3 (B3SA3), Brava Energia (BRAV3), Hypera (HYPE3), IRB (IRBR3) e GPA (PCAR3), enquanto retirou os papéis da CPFL (CPFE3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Klabin (KLBN11), Marfrig (MRFG3) e Petrobras (PETR4).
Ações |
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B3 (B3SA3) |
Brava Energia (BRAV3) |
Hypera (HYPE3) |
IRB (IRBR3) |
GPA (PCAR3) |
Empiricus
Para janeiro, a Empiricus incluiu as ações da Suzano (SUZB3), enquanto removeu os papéis da Cosan (CSAN3).
Ações |
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Suzano (SUZB3) |
Equatorial (EQTL3) |
Itaú (ITUB4) |
Localiza (RENT3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Eletrobras (ELET6) |
Direcional (DIRR3) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Prio (PRIO3) |
BR Partners (BRBI11) |
Genial Investimentos
Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da CPFL (CPFE3), Sabesp (SBSP3), SLC Agricola (SLCE3) e Taesa (TAEE11), com inclusão dos papéis da Marfrig (MRFG3), Wilson Sons (PORT3), Porto Seguro (PSSA3) e Vulcabras (VULC3).
Ações |
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Marfrig (MRFG3) |
Petrobras (PETR4) |
Wilson Sons (PORT3) |
Sanepar (SAPR11) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Unipar (UNIP6) |
Weg (WEGE3) |
JBS (JBSS3) |
Vulcabras (VULC3) |
Três Tentos (TTEN3) |
PagBank
O PagBank fez uma mudança em sua carteira recomendada para janeiro. A casa tirou as ações da Cemig (CMIG4) e incluiu as do BB Seguridade (BBSE3) no lugar.
Ações |
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Itaú (ITUB4) |
BB Seguridade (BBSE3) |
JBS (JBSS3) |
Embraer (EMBR3) |
Petrobras (PETR4) |
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