Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica desta segunda-feira (30) traz os números do setor público consolidado e o Boletim Focus. Nos Estados Unidos, o mercado financeiro hoje acompanha índice do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) de Chicago de dezembro e vendas pendentes de imóveis em novembro, enquanto na China saem os índices de gerentes de compras (PMI) industrial, de serviços e composto de dezembro pelo NBS.
Na agenda doméstica, na quinta-feira (30), será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de dezembro, índice de Confiança Empresarial e indicador de incerteza da economia no Brasil.
Na terça-feira (31), nos EUA, o mercado de títulos opera com horário reduzido em véspera de Ano Novo. Na quarta-feira (1º), feriado do Ano Novo deixa fechado os mercados dos EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Coreia do Sul e Hong Kong.
Na quinta-feira (2), são esperados os PMI da indústria da Alemanha, zona do euro e Reino Unido, além do lucro industrial da China de novembro. Sexta-feira (3), é dia de PMI industrial ISM dos EUA de dezembro e tem discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Richmond, Tom Barkin.
Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
No fim de semana, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Robert Holzmann disse em entrevista que a instituição poderá demorar mais para voltar a cortar juros de novo, diante de uma recente aceleração da inflação na zona do euro.
As ação da Boeing (BOEI34) tombavam acima de 4,50% no pré-mercado de Nova York, após a queda de um avião da companhia aérea americana na Coreia do Sul matar 179 pessoas no fim de semana. Além disso, uma outra aeronave da Boeing foi obrigada a fazer um pouso de emergência na Noruega, também no fim de semana.
Boletim Focus
O Boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou as previsões do mercado para os principais indicadores da economia, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do documento do BC para o IPCA, em 2024, passou de 4,91% para 4,90%, ainda acima do teto da meta. Para 2025, foi de 4,84% a 4,96%.
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No cenário a longo prazo, a mediana do relatório para 2026 foi de 4,00% a 4,01%. Já em 2027, foi de 3,80% a 3,83%.
Enquanto isso, as previsões para Selic se mantiveram em 14,75% no final de 2025. Em 2026, passou de 11,75% para 12%. Já para 2027, as previsões do Boletim Focus seguiram em 10%.
Commodities
O minério de ferro fechou em alta de 0,98% nos mercados de Dalian, na China. Enquanto isso, o petróleo opera no negativo, caindo 0,05% (WTI) e 0,20% (Brent).
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 0,34% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h20 (de Brasília). Os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) mostravam estabilidade no mesmo horário.
Mercado brasileiro
O dia pode ser de alívio para o Ibovespa hoje após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino liberar no domingo (29) parte dos R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão que ele próprio havia bloqueado. Na decisão, Dino voltou a defender o inquérito da Polícia Federal para investigar a captura das emendas de comissão.
Por outro lado, as quedas dos futuros de NY e do petróleo podem limitar uma melhora nos ativos brasileiros hoje.
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O mercado também olha o desempenho do setor público. A expectativa é de um déficit de R$ 6,855 bilhões nas contas em novembro, após superávit de R$ 36,883 bilhões em outubro.
O futuro líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, defendeu que a principal tarefa de Gabriel Galípolo no comando do Banco Central será conter o câmbio com mais intervenções. O deputado espera que Galípolo “fale bem” do governo e que isso acalmará o mercado financeiro hoje e ajudará na redução dos juros.