A agenda econômica desta quinta-feira (10) traz a ata do Banco Central Europeu (BCE), assim como os indicadores de preços ao consumidor (CPI) nos EUA e de vendas do varejo no Brasil. O mercado financeiro hoje também acompanha a agenda de Gabriel Galípolo, que teve a indicação à presidência do Banco Central (BC) confirmada pelo Senado e agora se reúne com representantes do Ministério da Fazenda, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da empresa Emgea e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
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Ainda na agenda hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de congresso. Os diretores do BC Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) e Diogo Guillen (Política Econômica) participam de reuniões com economistas do mercado.
Além disso, o ministro do STF, Flávio Dino, realiza nova audiência fechada com Executivo e Legislativo para verificar as ações em andamento para dar transparência às emendas de comissão e de relator. O Tesouro faz leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).
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Nos EUA, o CPI de setembro e os pedidos de auxílio-desemprego saem pela manhã. Em seguida, acontece o discurso da diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Lisa Cook e depois, do presidente da distrital de Nova York, John Williams.
Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
As bolsas de Xangai e Hong Kong subiram após o Banco do Povo da China (PBoC) lançar um swap (troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas) de 500 bilhões de yuans (US$ 70,6 bilhões) para fornecer liquidez a empresas de valores, fundos e seguros.
Em Nova York, os mercados têm ajustes moderados. O CPI deve modular as expectativas para o ciclo de cortes de juros pelo Fed. Analistas estimam alta de 0,1% da inflação em setembro na margem, após avanço mensal de 0,2% em agosto.
A dirigente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse ver a possibilidade de mais um ou dois cortes este ano, mas que a redução de setembro não é um indicativo futuro. Já Susan Collins, de Boston, afirmou que mais ajustes na taxa de política provavelmente serão necessários.
As apostas continuam em baixa de 25 pontos-base em novembro, mas se o CPI superar as expectativas pode aumentar a probabilidade de a taxa ficar parada no nível atual.
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As bolsas da Europa perdem força à espera de dados de inflação dos EUA. Frankfurt recua 0,25% e Madri quase 1%.
Ata do BCE
Após o mercado digerir a ata do Fed sem muita empolgação, na quarta-feira (9), os olhos agora se voltam para a ata do Banco Central Europeu (BCE), que deve fornecer detalhes da decisão da autoridade em reduzir suas principais taxas de juros em 0,25 ponto porcentual, sendo o segundo corte deste ano.
Nos últimos dias, dirigentes do BCE têm, de modo geral, se mostrado abertos a uma terceira redução das taxas de juros, em reunião programada para semana que vem. A ata deve fornecer pistas para os próximos passos da instituição.
Commodities
O petróleo sobe mais de 1% diante da possibilidade de que Israel ataque o Irã em retaliação ao bombardeio de mísseis da semana passada – relembre aqui. Já o minério de ferro fechou em queda de 1,02% nos mercados chineses.
Mercado brasileiro
Os mercados financeiros do País podem ter ajustes estreitos, como no exterior, com queda nos futuros de Nova York e leve alta dos juros dos Treasuries (títulos da dívida americana), antes do CPI.
Os investidores repercutem também os dados de atividade interna. Apesar do recuo esperado na margem, as vendas no varejo devem seguir crescendo na base de comparação interanual, refletindo a melhora das condições econômicas em relação ao ano passado. Contudo, o mercado segue duvidando da capacidade do BC de derrubar a inflação e também vê pouca flexibilidade do Executivo para cortar gastos e potencial piora no quadro fiscal.
Ainda no mercado financeiro hoje, analistas afirmam que a proposta de desoneração do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) até R$ 5 mil em 2025, mesmo que compensada com aumento de tributação sobre ricos, deve estimular o consumo e a inflação, exigindo a manutenção de juros restritivos no país.
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* Com informações do Broadcast