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Mercado financeiro hoje: tudo que você precisa saber para adoçar seus investimentos e evitar travessuras neste 31 de outubro

A cautela no exterior tende a assustar os ativos locais em meio a preocupações com quadro fiscal neste Halloween. Entenda

Mercado financeiro hoje: tudo que você precisa saber para adoçar seus investimentos e evitar travessuras neste 31 de outubro
(Foto: Adobe Stock)

A agenda econômica desta quinta-feira (31) traz a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE), em meio à temporada de balanços corporativos. Ainda no mercado financeiro hoje, serão conhecidos os dados de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do trimestre até setembro.

Ainda na agenda econômica hoje, saem os pedidos de auxílio-desemprego e o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de outubro nos EUA. Enquanto isso, no cenário doméstico, o Tesouro divulga a dívida pública federal de setembro e realiza leilões de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).

Confira os 4 assuntos que direcionam o mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

A decepção com balanço da gigante Meta (M1TA34) e os números da Microsoft (MSFT34) pesa nos futuros de Nova York, enquanto na Europa a receita e Ebitda da Ab Inbev também desagradaram o investidor. Por outro lado, as ações da Shell e Société Générale avançam na Europa após os balanços. Assim, as bolsas europeias caem refletindo balanços.

O euro ganha fôlego ante o dólar depois de indicadores da região mostrarem resiliência da economia. A taxa de desemprego da zona do euro bateu nova mínima recorde, a inflação ao consumidor do bloco acelerou a 2% em outubro, em linha com o esperado, e as vendas no varejo da Alemanha tiveram alta inesperada em setembro.

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O dólar cai ante o iene após o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, deixar a porta aberta para um possível aumento de juros em dezembro, depois de o BC ter mantido as taxas em 0,25%.

Na China, o PMI industrial avançou para 50,1 em outubro, sugerindo que a manufatura voltou a se expandir pela primeira vez em sete meses.

Balanços

Na última quarta-feira, os balanços das grandes empresas de energia Auren (AURE3) e AES Brasil (AESB3) foram divulgados ao mercado. A Auren reverteu prejuízo e alcançou lucro de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre, enquanto a AES fez o caminho contrário, revertendo lucro em prejuízo milionário. Aliás, nesta quinta-feira, está prevista a fusão das duas companhias – saiba mais aqui.

Também nesta quinta-feira, investidores acompanharam os resultados do Bradesco (BBDC4), que reportou lucro milionário no terceiro trimestre, avanço de 13% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado. Já a Ambev (ABEV3) reduziu seu lucro em 11% no período além de aprovar novo programa de recompra de ações – veja.

Após o fechamento dos mercados, serão conhecidos os números da CCR (CCRO3) e Carrefour Brasil (CRFB3). No exterior, saem os balanços da Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34) e Intel (ITLC34), com resultados após o fechamento dos mercados.

Commodities

O minério de ferro fechou em queda de 0,38% em Dalian, na China, enquanto o petróleo avança em torno de 0,20%.

Na esteira de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 0,19%, enquanto os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,30% por volta das 8h30 (de Brasília) no pré-mercado de Nova York. 

Mercado brasileiro

Com uma agenda esvaziada no Brasil, os mercados podem seguir mais atentos ao movimento externo, mas sem perder de vista as notícias fiscais. Ainda que o anúncio de cortes de gastos possa não ocorrer nesta semana, investidores buscam sinais de que as medidas serão adequadas.

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O Projeções Broadcast apurou que o mercado espera uma redução de R$ 25,50 bilhões nas despesas do governo, valor que ficaria aquém dos R$ 49,50 bilhões necessários para atender às regras fiscais de 2024.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou-se incomodado com a pressão por um anúncio e afirmou que há uma “forçação boba” em torno do tema e pode refletir no mercado financeiro hoje.

* Com informações do Broadcast