A agenda econômica desta quinta-feira (29) traz a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre. No mercado financeiro hoje, investidores acompanham os desdobramentos da indicação de Gabriel Galípolo para comandar o Banco Central (BC) feita na quarta-feira (28). Enquanto isso, o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa do jantar debate CNN Talks Economia Caminhos para o Crescimento.
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A agenda hoje ainda contempla a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto, cuja mediana das estimativas encontrada na pesquisa do Projeções Broadcast é de 0,45% ante 0,61% em julho. Nos EUA, sairão o índice de preços de gastos com consumo (PCE) trimestral e os pedidos semanais de desemprego do país.
Confira 6 assuntos para direcionar seus investimentos no mercado financeiro hoje
Juros globais
Os índices de ações do ocidente avançam nesta manhã, impulsionados por expectativas de mais cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE). O índice de sentimento econômico da zona do euro teve um avanço inesperado em agosto, enquanto a inflação arrefeceu na Espanha e nas principais regiões da Alemanha. Após a divulgação dos dados, os rendimentos dos títulos da dívida dos países europeus caíram, reforçando as apostas por mais cortes de juros do BCE, o que também afetou os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida estadunidense).
Nos EUA, embora a maioria das apostas seja por um corte de juros em setembro, na quarta-feira (28), o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Atlanta, Raphael Bostic, disse preferir aguardar a divulgação de novos dados antes de decidir se apoiará uma redução das taxas no encontro do mês que vem.
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Nesta quinta-feira, investidores acompanharão de perto os indicadores americanos em busca de pistas sobre o rumo dos juros. O dado mais aguardado é o PCE mensal, o índice de inflação preferido do Fed, que poderá balizar as apostas de queda de juros.
Ainda permanece no radar a possibilidade de elevação da Selic, dada a desancoragem das expectativas de inflação, enquanto os investidores aguardam as divulgações desta quinta-feira nos EUA.
Balanço da Nvidia (NVDC34)
Na quarta-feira (28), o tão esperado balanço da Nvidia foi reportado com lucro líquido de US$ 16,6 bilhões em seu 3º trimestre fiscal – o equivalente ao segundo trimestre do ano – de 2024, uma alta de 168% em comparação com o mesmo período do ano anterior e crescimento de 12% em comparação com o primeiro trimestre.
Apesar dos resultados robustos, a surpresa não foi tão significativa quanto a de trimestres anteriores. No after hours (pós pregão), as ações da companhia chegaram a desabar até 8%, mas reduziam a queda para cerca de 3% nesta manhã no pré-mercado de Nova York.
Bolsas internacionais
Na quarta-feira (28), as bolsas europeias fecharam com sinais destoantes, enquanto os mercados americanos cederam à espera do balanço da Nvidia. Em resposta à recepção negativa à fabricante de chips americana, várias bolsas asiáticas fecharam em queda.
Após uma queda dos índices futuros em Nova York durante a madrugada, eles começaram a subir enquanto os investidores aguardam novos sinais sobre a política monetária dos EUA e avaliam dados europeus.
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As bolsas europeias operam em alta com destaque para Frankfurt, que renovou seu recorde intraday histórico, puxando outros mercados da região, em meio à divulgação de indicadores econômicos. O dólar recua em relação a outras moedas fortes.
Commodities
Entre as commodities, o minério de ferro fechou em alta de 0,53% nesta manhã, em Dalian, na China. Já o recuo moderado do petróleo serve como um contraponto.
Indicação de Galípolo
Os mercados brasileiros tendem a refletir a boa receptividade à confirmação da indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para a presidência da instituição em 2025, com sinais de compromisso com a convergência da inflação à meta. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quarta-feira (28). Agora, ele passará por uma sabatina no Senado.
“A indicação confirma as melhores expectativas do mercado, dentro de um processo de transição realizado com segurança e tranquilidade. Será o segundo presidente do Banco Central autônomo e com gestão independente ao mandato governamental”, avalia Marcelo Noronha, CEO do Bradesco (BBDC4). Confira as demais avaliações nesta matéria.
Mercado brasileiro
Na B3, o Ibovespa ainda pode avançar, amparado no viés positivo dos índices futuros de Nova York nesta manhã, mas a variação das commodities não oferece muito otimismo.
Na quarta-feira (28), o Índice Bovespa renovou a máxima histórica de fechamento – confira detalhes aqui –, aos 137.343,96 pontos, enquanto as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram. O dólar, por sua vez, superou a barreira técnica e psicológica de R$ 5,55 – veja.
Nesta quinta-feira, a moderação do dólar no exterior pode dificultar um norte para a divisa no Brasil nesta reta final do mês, quando será definida a taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo Banco Central) na sexta-feira (30).
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Nos juros, a queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar a situação no mercado financeiro hoje, assim como uma confirmação da desaceleração do IGP-M de agosto.
* Com informações do Broadcast