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Mercado financeiro hoje: tombo da Nvidia (NVDC34) e mais 3 assuntos para direcionar seus investimentos nesta quarta-feira

Indicadores econômicos seguem no foco do investidor hoje; tendência é seguir a aversão ao risco no exterior. Veja

Mercado financeiro hoje: tombo da Nvidia (NVDC34) e mais 3 assuntos para direcionar seus investimentos nesta quarta-feira
(Foto: gguy / Adobe Stock)

A agenda econômica desta quarta-feira (4) contempla o relatório de abertura de vagas Jolts de agosto, além do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que fornece uma visão abrangente da condição econômica nos Estados Unidos. Ainda no mercado financeiro hoje, o Tesouro Nacional faz uma divulgação referente ao Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024 e uma entrevista coletiva sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) relativo a julho.

Investidores também acompanham na agenda hoje a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews. Entre os indicadores, as atenções se voltam aos números da produção industrial em julho, cuja mediana do mercado indica recuo de 0,9% da produção industrial em julho, após expansão de 4,1% do setor em junho, segundo levantamento do Projeções Broadcast.

Nos Estados Unidos, ainda serão divulgados os dados de julho da balança comercial e das encomendas à indústria. No Canadá, o Banco Central divulga decisão de juros.

Confira os 4 assuntos que direcionam o mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

O índice VIX, conhecido como “termômetro do medo” em Wall Street, disparou quase 10% hoje cedo, reagindo à contínua liquidação de ações do setor de tecnologia, desde Nova York até a Ásia, com pressão particular no segmento de fabricantes de chips semicondutores.

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Há preocupação em relação a uma possível desaceleração aguda da economia americana, alimentada por dados industriais divulgados na terça-feira (3) e um compasso de espera por novos catalisadores.

São aguardados vários dados americanos, incluindo o relatório Jolts de abertura de vagas de emprego, antes do payroll na sexta-feira (6). Os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de serviços na zona do euro e Alemanha ficaram abaixo das previsões e adicionam pressão às bolsas europeias, na esteira das perdas ampliadas pelos índices futuros de ações americanas nesta manhã.

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) ampliam a queda com a busca de segurança dos investidores, enquanto o dólar recua frente às divisas principais.

Nvidia (NVDC34)

O Nasdaq futuro segue perdendo mais, após computar o pior primeiro pregão de setembro desde 2002 na terça-feira (3), puxado, entre outras ações, pelo tombo de 8% da Nvidia.

Na terça-feira (3) à noite, após o fechamento em Wall Street, a Bloomberg informou que a Nvidia foi alvo de intimação antitruste pelo governo americano, o que amplifica a pressão sobre o papel da empresa, que caía 0,66% no pré-mercado mais cedo.

Commodities

O petróleo inverteu o sinal e passou a subir nesta manhã, após circularem relatos de que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) estudam a possibilidade de adiar o aumento da produção da commodity que havia sido planejado para outubro.

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Além disso, na Líbia, as duas facções que disputam o controle do país chegaram a um acordo para indicar conjuntamente um presidente do Banco Central, conforme a Reuters, o que tende a encerrar a divergência que paralisou a produção local da commodity.

O minério de ferro, por sua vez, fechou em queda expressiva novamente, com um recuo de 3,09% em Dalian na China.

Mercado brasileiro

A aversão ao risco no exterior e uma nova queda do minério de ferro indicam mais um dia difícil para a bolsa brasileira. No último pregão, o Ibovespa chegou à quarta sessão consecutiva em baixa, ao cair 0,41%, aos 134.353,48 pontos, após atingir os 137 mil pontos, nível recorde de fechamento, na última quarta-feira (28) – relembre aqui. Assim, o índice quase zerou o ganho no ano, que soma 0,13%.

Notícias corporativas também devem influenciar os ajustes. Conforme antecipado pelo Broadcast, a Petrobras (PETR3; PETR4) confirmou na terça-feira (3) a realização de uma nova emissão de títulos, no valor total de US$ 1,0 bilhão, por meio da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF) – veja aqui.

Ações do setor de energia ficam no foco, após o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendar a adoção de uma série de medidas preventivas para a segurança do suprimento elétrico, no contexto de seca e impacto nos níveis dos reservatórios.

No câmbio, o ambiente externo negativo e a fraqueza das commodities indicam uma possível abertura em alta para o dólar, embora sinais mistos predominem frente às moedas emergentes e ligadas a commodities nesta manhã, o que pode trazer volatilidade também aos negócios.

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Os juros futuros podem ser pressionados pelo tombo na curva de rendimento dos Treasuries, após os dados industriais reforçarem apostas em corte de 50 pontos-base do Federal Reserve, embora 25 pontos-base ainda seja mais provável. O desempenho do dólar pode ser um contraponto.

Além disso, aumentou a expectativa no mercado de uma alta de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, após a surpresa com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre acima do esperado – veja aqui.

Além da possibilidade de um aperto mais forte, o mercado considera factível um ciclo mais longo de aperto monetário, levando em conta ainda o risco fiscal doméstico.

Os investidores ficam à espera ainda do anúncio do Tesouro para o PAF deste ano e da coletiva sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) de julho de 2024. Como mostrou o Broadcast, analistas do mercado já consideravam que o Tesouro deveria alterar o PAF deste ano diante do seu perfil “tomador de preço” e do maior apetite do mercado voltado aos papéis remunerados pela Selic, as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs, títulos pós-fixados com rentabilidade atrelada à taxa de juros).

A expectativa desses agentes é de que o órgão anuncie porcentuais mais baixos de participação dos títulos prefixados e das Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), que são títulos com rentabilidade atrelada à inflação, enquanto a fatia dos pós-fixados deve subir. Espera-se ainda que seja mantido o intervalo de prazo médio, o intervalo para os títulos com prazo de vencimento e o estoque no mercado financeiro hoje.

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* Com informações do Broadcast