A agenda econômica desta quinta-feira (26) traz a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central (BC), seguida das entrevistas com o presidente Roberto Campos Neto e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen. Nos Estados Unidos, o mercado financeiro hoje fica atento à última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.
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Ainda na agenda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina atos do programa do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) Invest Impacto. O Tesouro Nacional realiza leilões de venda de notas série F (NTN-F, título de renda fixa) e de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados). À tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Nos mercados internacionais, investidores acompanham ainda o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, que faz discurso pré-gravado na 10ª Conferência Anual do Mercado de Títulos dos EUA, evento do qual participam os dirigentes John Williams (Nova York) e Michael Barr, além da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen. Outros cinco dirigentes do Fed discursam. No Banco Central Europeu (BCE), a presidente Christine Lagarde e mais quatro dirigentes também fazem discursos.
Confira os 4 destaques do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
No exterior, a quinta-feira mostra apetite por risco nos mercados a começar pela Ásia, onde as bolsas fecharam a sessão com ganhos expressivos após as principais lideranças da China reafirmarem que continuarão estimulando a segunda maior economia do mundo.
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Os mercados de ações americanos e europeus ainda refletem, respectivamente, a disparada da ação da fabricante de chip Micron Technology (MUTC34), que divulgou balanço melhor do que o esperado, e sinais de melhora da confiança na Alemanha. Veja aqui a operação das bolsas europeias nesta manhã.
Nesta quinta-feira, os investidores buscam mais sinais sobre a política monetária americana e europeia nas falas de dirigentes do Fed e do BCE.
Nos EUA, a leitura final do PIB e o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) do segundo trimestre também ficam no foco corte após na semana passada o Fed cortar seus juros básicos em 50 pontos-base.
PIB brasileiro
O Banco Central revisou suas projeções para o crescimento do PIB doméstico, no recém-divulgado Relatório Trimestral de Inflação de setembro. Para 2024, o crescimento da economia brasileira deve chegar a 3,2%, ante 2,3% na previsão anterior. A mudança foi motivada por maior expectativa para crescimento de serviços e indústria, enquanto diminuiu a estimativa negativa para a agropecuária.
Para 2025, a expansão será de 2,0%, de acordo com a autoridade monetária. O crescimento será dividido, conforme o documento, pelos três setores, com expectativa de elevação de 2,0% de agropecuária; de 2,4%, da indústria; e de 1,9% de serviços. A expansão, conforme o BC, será impulsionada por uma alta de 2,2% do consumo das famílias e de 2,0% do consumo do governo, com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrando elevação de 2,0%.
Commodities
Apesar de sinais de mais medidas para animar a economia chinesa, o petróleo recua em torno de 1,50% com Líbia e Arábia Saudita no radar. O minério de ferro, por sua vez, fechou em alta de 1,75% em Dalian.
Mercado brasileiro
As perspectivas de que Pequim continuará atuando para estimular a economia e que anima os mercados internacionais devem estimular o Ibovespa na abertura. Na quarta-feira (25), o principal indicador da B3 retrocedeu à casa dos 131 mil pontos – veja aqui.
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A despeito da valorização do minério de ferro, o recuo nas cotações do petróleo pode limitar uma eventual alta do Ibovespa assim como possíveis sinais mais duros no RTI e falas do presidente Roberto Campos Neto. Economistas do mercado financeiro esperam ver mais detalhes sobre a estimativa do hiato do produto do BC no relatório.
Na quarta-feira (25), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a economia brasileira reúne todas as condições de crescer acima de 2,5% nos quatro anos do atual mandato do presidente Lula.
Os investidores de câmbio e de juros futuros também ficarão atentos a possíveis sinais de política monetária doméstica, após o alívio surpreendente no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ter sido insuficiente para apagar as apostas de aceleração no ritmo de alta da Selic a 0,50 ponto porcentual no Comitê de Política Monetária (Copom) de novembro. Confira mais análises do indicador de inflação nesta matéria.
* Com informações do Broadcast
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