A agenda econômica desta quinta-feira (28) concentra holofotes no pacote de cortes de gastos no Brasil, com a coletiva para detalhá-lo nesta manhã. Enquanto isso, o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos reduz a liquidez no mercado financeiro hoje global, com o fechamento das bolsas em Nova York. No radar, fica ainda o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro.
Ainda na agenda econômica hoje, o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de evento do Esfera Brasil, em São Paulo. O Tesouro ainda realiza os leilões de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina, em cerimônia no Palácio do Planalto, um aditivo para obras da Transnordestina. As obras da ferrovia devem ser iniciadas em 2025.
No exterior, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, discursa em evento de aniversário do 50 Euro Group. Na Alemanha tem o índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro.
Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
As bolsas europeias registram ganhos nesta manhã mas, sem Nova York devido ao feriado de Ação de Graças, os mercados em geral tendem a ter uma liquidez menor. Na zona do euro, o sentimento econômico em novembro ficou em 95,8, levemente acima da previsão de 95,3. Os negócios em Wall Street reabrem na sexta-feira (28) por meio período.
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A presidente do BCE, Christine Lagarde, avaliou que uma guerra tarifária entre EUA e Europa pode impulsionar levemente a inflação no curto prazo. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor elevadas tarifas a produtos importados, incluindo os da Europa.
O iene recua após subir na quarta-feira (27) com apostas de um novo eventual aperto monetário. O dólar também está mais forte ante a libra e o euro. Mas a moeda americana cai ante o peso mexicano, rublo russo, lira turca e dólar canadense.
Na Coreia do Sul, o BC promoveu um corte inesperado de juros nesta quinta-feira para dar suporte à economia.
Pacote fiscal de Haddad
Na última quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou o tão aguardado pacote fiscal de cortes de gastos. O pronunciamento foi feito às 20h30, em rede nacional de televisão – veja o vídeo aqui –, e foram apresentadas medidas como o estabelecimento de idade mínima para a aposentadoria militar, um limite ao montante global de emendas parlamentares e para o reajuste do salário mínimo, com base nas regras fiscais, além de restrições de acesso ao abono salarial e ao salário de servidores públicos.
- Leia mais: Haddad confirma isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil e promete economia de R$ 70 bi
Segundo o governo, as iniciativas devem gerar uma economia de R$ 70 bilhões aos cofres públicos em dois anos – em linha com o esperado pelo mercado. O principal destaque, entretanto, foi a confirmação das notícias que saíram horas antes sobre o projeto de isenção fiscal de imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. De acordo com Haddad, a proposta não trará impacto fiscal, já que as pessoas que recebem acima de R$ 50 mil mensais passarão a pagar mais. Essa conta ainda gera dúvidas entre analistas. Saiba mais nesta reportagem.
Commodities
O minério de ferro fechou estável esta manhã em Dalian, na China, cotado a 786,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 108,52.
Já o petróleo opera em alta em torno de 0,80% após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) adiar encontro do bloco para 5 de dezembro, em meio à expectativa dos analistas de que a ampliação de oferta da commodity pelo grupo planejada para janeiro possa ser postergada.
Mercado brasileiro e dólar
A reação dos mercados hoje ao anúncio do pacote de cortes de gastos de R$ 70 bilhões pode ser moderada e vai depender também do que for falado na coletiva.
Na véspera, o dólar fechou no maior valor nominal da história, a R$ 5,9135 (+1,81%) e a sessão pode ser de volatilidade com a disputa pela formação da Ptax de novembro. Veja como a moeda pode se comportar neste pregão.
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As apostas de choque nos juros ganham força e, na quarta-feira (27), a curva já precificava altas de 100 pontos-base da Selic nas próximas reuniões e Selic terminal em 14,25%, o que pode refletir no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast