Azul anuncia recuperação judicial nos EUA; veja outros destaques do mercado financeiro hoje. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica desta quarta-feira (28) concentra atenções no pedido de recuperação judicial da Azul (AZUL4) nos Estados Unidos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do estoque da dívida do Tesouro, ambos de abril, também estão no radar do mercado financeiro hoje.
No exterior, saem a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e os balanços da Nvidia (NVDC34) e da Salesforce, após o fechamento da Bolsa de Valores.
Mercado financeiro hoje: os principais assuntos desta quarta-feira (28)
O que esperar da ata do Fed hoje e seus impactos no mercado
Os índices de ações no Ocidente operam, em sua maioria, com quedas leves — movimento que também norteou as bolsas asiáticas nesta quarta-feira. Investidores aguardam a ata do Fed e os balanços corporativos. A moderação nas bolsas ocorre após uma recente alta, impulsionada pelo alívio nas tensões comerciais entre EUA e União Europeia.
Diante das incertezas sobre a política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, investidores esperam que a ata do Fed mantenha o tom cauteloso dos dirigentes, sem sinalizar o início de um ciclo de cortes nos juros. Na terça-feira (28), o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que é apropriado manter os juros até que haja mais clareza sobre o cenário de tarifas.
A maioria dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) avança, enquanto o dólar hoje opera de forma indefinida.
Azul entra com recuperação judicial nos EUA
A Azul(AZUL4) entrou com pedido de reestruturação nos EUA por meio do Chapter 11, equivalente àrecuperação judicial no Brasil, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira. Segundo a companhia, o objetivo é eliminar de mais de US$ 2,0 bilhões em dívidas – saiba mais aqui.
Em reação, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da aérea exibiam forte queda no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Os papéis chegaram a cair 31%, cotados a US$ 0,36. Acompanhe aqui a reação das ações da Azul na Bolsa hoje.
Commodities: petróleo sobe, enquanto minério cai
O petróleoavança nesta manhã, recuperando parte das perdas do dia anterior. A alta reflete a possibilidade de novas sanções dos EUA contra a Rússia, o que pode afetar a oferta global. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho avançava 0,90%, enquanto o do Brent para agosto subia 0,86%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,14%, cotado a 698,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 97,07 em Dalian, na China.
Os ADRs da Vale(VALE3) recuavam 0,21% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras(PETR3; PETR4) cediam 0,34%.
IOF volta à pauta com reunião entre Haddad e banqueiros
O viés negativo das bolsas internacionais e a queda do minério de ferro podem pressionar o Ibovespa hoje, apesar da alta do petróleo funcionar como contrapeso. Na terça-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,02%, aos 139.541,23 pontos, após renovar sucessivas máximas durante o pregão.
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Também estão no radar os dados do Caged de abril, que devem mostrar a criação de cerca de 170,5 mil vagas, após 71.576 postos gerados em março. A aceleração, no entanto, não deve alterar a percepção de que o ciclo de alta da Selic se encerrou em maio, com a taxa mantida em 14,75% ao ano.
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O mercado financeiro hoje acompanha ainda os desdobramentos sobre o aumento do IOF. Além da reunião entre Haddad e banqueiros, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), pretende levar um grupo de senadores ao ministro para discutir o tema. Já a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) articula com o setor produtivo uma tentativa de derrubar o decreto que elevou a cobrança do IOF sobre operações de crédito.