

A agenda econômica desta quinta-feira (13) traz as divulgações da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de janeiro no Brasil e do índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA em fevereiro, dados determinantes para orientar políticas monetárias e ajustes no mercado financeiro hoje.
No contexto da guerra comercial dos EUA, a atenção se volta para a possibilidade de novas tarifas “recíprocas” do presidente americano, Donald Trump, contra a União Europeia e outros parceiros comerciais, afetando setores como automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores.
Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza uma reunião com ministros das áreas de relações exteriores, agricultura e desenvolvimento para discutir estratégias frente às tarifas impostas pelo governo norte-americano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no primeiro encontro desde sua nomeação.
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Os destaques entre os balanços do quarto trimestre de 2024 são Eletrobras (ELET3; ELET6), Magazine Luiza (MGLU3), Natura (NTCO3) e Prio (PRIO3), todos divulgados após o fechamento do mercado.
Mercado financeiro hoje: o que fica no radar nesta quinta-feira
Como as tarifas de Trump podem impactar o mercado financeiro?
Os índices futuros das bolsas de Nova York e os mercados europeus tentam recuperação nesta manhã de quinta-feira, com investidores focados em notícias corporativas e no impacto da guerra comercial liderada pelos EUA sobre a economia global. Durante um encontro com o primeiro-ministro da Irlanda, Trump afirmou que retaliará qualquer resposta da União Europeia às tarifas de 25% aplicadas às importações de aço e alumínio.
No entanto, algumas ações impulsionam os mercados, como a Intel (ITLC34), que registra alta de 10% no pré-mercado. Na Europa, os papéis do IG Group avançam mais de 4% após a divulgação de resultados positivos.
O dólar hoje opera em leve alta, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) mostram direções mistas.
Commodities: petróleo recua enquanto minério sobe
O petróleo apresenta queda moderada após a Agência Internacional de Energia (AIE) revisar para baixo sua previsão de demanda global, enquanto produtores de gás natural liquefeito dos EUA aguardam uma reunião com Trump na próxima semana para discutir tarifas e exportações. No início desta manhã, o barril do petróleo WTI para abril caía 0,22%, enquanto o do Brent para maio recuava 0,19%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,45%, cotado a 780 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 107,78 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h22 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,24% no mesmo horário.
Expectativas para o Ibovespa hoje
A volatilidade no cenário internacional e a fraqueza do petróleo podem pesar sobre o Ibovespa hoje e as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), ao passo que o mercado avalia os balanços de empresas como CSN (CSNA3) – veja aqui.
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Os dados do setor de serviços ganham importância, especialmente diante dos alertas sobre a piora qualitativa do IPCA de fevereiro. No campo fiscal, a inclusão de novos gastos no orçamento de 2024, contemplando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e órgãos sob controle do “Centrão”, pode limitar uma reação positiva ao avanço da votação do Orçamento na próxima semana.
- Cesta básica mais barata? Governo vota hoje isenção de imposto sobre alimentos
Após o corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família para ampliar o Auxílio-Gás, o governo garantiu o repasse de R$ 1 bilhão ao programa Pé-de-Meia, ajustando outras despesas ao longo do ano.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), minimizou preocupações sobre o atraso na aprovação do Orçamento de 2025, afirmando que a ausência de uma definição “não faz falta” para o equilíbrio das contas públicas. Além disso, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, deve intensificar articulações para garantir a aprovação de medidas econômicas no Congresso, assunto que fica no radar do mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast