Panorama do Ibovespa hoje e mercado financeiro. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica do mercado financeiro hoje traz os índices dos gerentes de compras (PMIs) do setor industrial de Brasil e Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de março, além do relatório do mercado de trabalho Jolts e os investimentos em construção na economia americana.
Ainda na agenda econômica desta terça-feira (1º), o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de sessão solene na Câmara em homenagem aos 60 anos do BC e depois se reúne com o CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agenda em Paris e se reúne pela manhã com o ministro das Finanças da França, Eric Lombard.
O Tesouro faz leilões de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros).
Mercado financeiro hoje: assuntos que movimentam a terça-feira
Bolsas internacionais em alerta às vésperas das tarifas de Trump
As bolsas europeias buscam recuperação impulsionadas por dados de inflação e desemprego da zona do euro. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou para 2,2% em março, como se previa, elevando as chances de que o Banco Central Europeu (BCE) siga com cortes de juros. Já a taxa de desemprego caiu para 6,1% em fevereiro, nova mínima histórica. Os PMIs da região – zona do euro, Alemanha e Reino Unido – vieram mistos.
Em Nova York, os índices futuros estão no vermelho com as políticas de tarifas dos EUA no radar. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Richmond, Thomas Barkin, afirmou na segunda-feira (31) que não tem “pressa para cortar os juros” americanos e que vai levar tempo até ter clareza sobre o impacto das tarifas de Donald Trump, o presidente dos EUA, na inflação.
Na quarta-feira (2), Donald Trump anunciará as “tarifas recíprocas” contra produtos estrangeiros de parceiros comerciais e nos próximos dias é esperado que a Casa Branca imponha tarifa de 25% a carros importados. Trump disse que os EUA serão “mais gentis; relativamente mais lenientes”.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) seguem em baixa pela terceira sessão consecutiva. O dólar hoje sobe ante euro e libra, mas segue pressionado frente o iene.
Novos concorrentes na disputa pelo Master
No radar dos investidores da Bolsa de Valores está a compra de uma fatia do Banco Master pelo BRB, por R$ 2 bilhões. Pessoas envolvidas na negociação não descartam a entrada também do BTG Pactual na operação. Na segunda-feira, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, teve reuniões com o chairman e sócio do BTG Pactual, André Esteves, e com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. A reunião foi considerada por Costa “positiva”.
O petróleo sobe moderadamente, depois de saltar mais de 3% na segunda-feira. No início da manhã, o barril do petróleo WTI para maio subia 0,14%, junto ao do Brent para junho.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 1,86%, cotado a 792 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,13 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale(VALE3) subiam 0,50% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h10 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras(PETR3; PETR4) avançavam 0,14% no mesmo horário.
O que esperar do Ibovespa hoje?
A falta de fôlego em Nova York pode afetar o apetite noIbovespa hoje, mas as altas das commodities são contraponto.
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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse na segunda-feira que a defasagem temporal da política monetária justifica a alta de menor magnitude na Selic. Ele citou ainda a incerteza em relação a quanto será essa menor magnitude.
A política tarifária do governo Trump segue no foco no mercado financeiro hoje. Em documento publicado na segunda-feira, os EUA acusam o Brasil e uma série de outros países de imporem numerosas barreiras e tarifas contra produtos americanos.