A agenda econômica desta quinta-feira (4) traz as eleições no Reino Unido e a ata do Banco Central Europeu (BCE) em meio ao feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos. No Brasil, investidores acompanham a balança comercial de junho e o leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).
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Há também o parecer do grupo de trabalho que debateu as regras gerais de operação dos tributos criados sobre o consumo, que vão substituir Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS) após um período de transição (2026 a 2033). Com isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), espera que as bancadas possam se reunir e discutir o texto.
Ainda na agenda local, será divulgada a produção de veículos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de junho e o diretor de Regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, concede coletiva sobre Open Finance.
Confira os 4 destaques do mercado nesta quinta-feira
Bolsas internacionais
A liquidez nos mercados globais é afetada pelo feriado nos EUA, mas o sinal é positivo nas bolsas europeias, inclusive em Londres, em dia de eleições no Reino Unido.
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A libra e os rendimentos dos títulos do governo britânico (Gilts) também estão em leve alta. O Partido Trabalhista, que deverá vencer, provavelmente manterá a estabilidade política e fiscal, preveem os estrategistas, acrescentando que “isso deve sustentar os Gilts no curto prazo”. Se confirmado, o resultado levará o líder da legenda, Keir Starmer, a substituir o atual primeiro-ministro britânico, o conservador Rishi Sunak, no cargo.
Na Alemanha, as encomendas à indústria caíram 1,6% em maio ante abril, contrariando a expectativa de analistas, que previam avanço de 1% no período.
Juros no exterior
As atenções se voltam para a ata do BCE lá fora, trazendo detalhes da última reunião que cortou juros pela primeira vez desde 2019.
Entretanto, os dirigentes do BCE vêm sinalizando que não pretendem reduzir as taxas novamente no próximo dia 18.
Nos EUA, cresceram as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) comece a cortar juros em setembro, após dados mais fracos do que o esperado do mercado de trabalho americano, divulgados na quarta-feira (3).
- Veja também: Fed prevê só 1 corte de juros em 2024 e economistas alertam para impacto no mercado brasileiro
Commodities
A alta de 1,7% do minério de ferro deve dar impulso ao Ibovespa. No entanto, o petróleo amplia perdas, podendo impactar ativos relacionados à commodity.
Mercado brasileiro
O anúncio de que poderá haver um corte de R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, feito na quarta-feira (3) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode trazer alívio aos mercados locais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que o Brasil “jamais” será irresponsável do ponto de vista fiscal.
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A reforma tributária também segue no radar. Arthur Lira afirmou que o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária deve ir para votação no plenário na semana que vem. De acordo com ele, o grupo de trabalho sobre a regulamentação da lei geral da reforma apresentará o relatório na manhã desta quinta-feira.
O conteúdo será divulgado já sob a expectativa de que haverá mais modificações e ajustes, porque o relatório não entrará nas questões mais controversas da reforma, como a composição da cesta básica com imposto zero, com a eventual inclusão das carnes, nem mudanças no Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado” – que vai incidir sobre itens nocivos à saúde e ao meio ambiente.
*Com informações do Broadcast
