A agenda econômica desta terça-feira (30) contempla o início das reuniões dos bancos centrais do Brasil, Estados Unidos e Japão para definir sua política monetária. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversará por telefone com o presidente americano, Joe Biden, sobre a crise na Venezuela. No mercado hoje, há também a publicação do decreto detalhando quais ministérios serão alvo da contenção de R$ 15 bilhões, além do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de julho e o relatório Jolts de abertura de vagas nos EUA.
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Ainda na agenda do dia, serão publicados os dados de vagas com carteira assinada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho e os balanços trimestrais da Microsoft (MSFT34), P&G (PGCO34) e Casino. O governo faz leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros).
Confira os 6 destaques do mercado hoje que você precisa saber
Bolsas internacionais
Em Nova York, os futuros das bolsas estão em leve alta. Enquanto isso, as bolsas europeias operam mistas em meio a indicadores, com Londres e Lisboa em baixa.
O euro ganhou força ante o dólar após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que cresceu 0,3% no segundo trimestre, mais do que o esperado (0,2%).
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Já a Alemanha, a maior economia da zona do euro, teve contração. França e Espanha cresceram mais do que o previsto e Itália teve desempenho em linha com as expectativas.
Decisões de juros
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Banco Central (BC) e o Banco do Japão (BoJ) iniciam nesta terça-feira as reuniões de política monetária que terminam na quarta-feira (31). A expectativa é de que o BC americano deixe seus juros inalterados e sinalize início de cortes em setembro.
Para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), é unânime a visão de que a taxa Selic permanecerá em 10,50% ao ano. Já o BoJ pode voltar a subir juros e reduzir compras de títulos federais, conhecidos como JGBs.
Eleições no exterior
O monitor eleitoral do Goldman Sachs afirma que Donald Trump tem pouco menos de 60% de chances de sair vitorioso na corrida presidencial dos Estados Unidos contra a vice-presidente Kamala Harris, que aparece atrás por um ponto porcentual a nível nacional e três pontos porcentuais em Pensilvânia, estado decisivo para o resultado.
As eleições na Venezuela também estão no radar. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, pediu ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que divulgue o quanto antes as atas de votação das eleições deste domingo (28), marcadas por suspeita de fraude. O líder venezuelano prometeu publicá-las nos próximos dias.
Produção da Petrobras (PETR3; PETR4)
Os investidores também ficam de olho no resultado de produção da Petrobras. A petroleira fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado na segunda-feira (29).
Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio. Veja mais detalhes nesta reportagem.
Commodities
As commodities não oferecem espaço para recuperação, com o recuo do petróleo e a baixa de 2,77% do minério de ferro em Dalian, na China.
Mercado brasileiro
O tom mais positivo no exterior pode ajudar os mercados locais, que aguardam o detalhamento do plano de contingenciamento. O presidente Lula ainda deve ter um novo despacho com a equipe técnica do Palácio do Planalto antes de publicar o decreto, que deve sair em uma edição extra do Diário Oficial da União no fim da tarde.
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O detalhamento vai trazer os órgãos afetados tanto pelos bloqueios – que somam R$ 11,2 bilhões e servem para adequação ao limite de despesas – quanto pelo contingenciamento de R$ 3,8 bilhões – esse montante congelado para o cumprimento da meta de primário, cuja projeção atual é de déficit de R$ 28,8 bilhões, no limite inferior.
No mercado hoje, os ministérios do governo Lula empenharam R$ 8,8 bilhões em despesas não obrigatórias na última semana antes do congelamento que será feito nas contas públicas em 2024.
*Com informações do Broadcast