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Mercado hoje: atenção de investidores se volta para o IBC-Br na véspera da decisão sobre juros no Brasil e nos EUA

Agenda esvaziada desta terça-feira (19) antecede Super Quarta de BC e Fed

Mercado hoje: atenção de investidores se volta para o IBC-Br na véspera da decisão sobre juros no Brasil e nos EUA
Copom divulga ata de reunião. Foto: Beto Nociti/Banco Central

A agenda mais enxuta desta terça-feira (19), véspera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, traz o IBC-Br de julho, índice do Banco Central (BC) que mede a atividade econômica no País.

Em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará o discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agenda de encontros com investidores estrangeiros. À noite, a China estabelece taxa de juro de referência (LPR) de 1 e 5 anos.

O fôlego é curto na maioria das bolsas internacionais nesta manhã, com investidores operando no modo de espera pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) desacelerou em agosto a 5,2%, ante 5,3% em julho, segundo revisão, ficando ficou abaixo da leitura preliminar e também da previsão de analistas, de 5,3% em ambos os casos.

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Há pouco, o euro tinha leve queda ante o dólar e a Bolsa de Frankfurt operava em baixa. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou hoje sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global neste ano, de 2,7% a 3,0%.

O do Brasil, de 1,7%, esperado em junho, a 3,2% agora. Para 2024, ela reviu a previsão de alta de 1,2% a 1,7%

No Brasil

A falta de tração do exterior pode afetar o apetite local, na ausência de condutores fortes para os negócios. O EWZ, como é conhecido o maior fundo de índice ligado ao Brasil, caía 0,50% há pouco no pré-mercado em Nova York. A alta dos retornos dos Treasuries pode pressionar os juros futuros, mas o dólar fraco lá fora é contraponto.

Já o avanço do petróleo deve ajudar ações de petroleiras, mas o recuo de 0,69% do preço do minério de ferro tende a pesar nas ações do setor de mineração e siderurgia.

Neste primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado segue especulando sobre qual deve ser o tom do comunicado, após um corte estimado em 50 pontos-base da Selic, para 12,75% ao ano.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada há pouco mostra que para 95% do mercado financeiro, o governo não conseguirá zerar o déficit primário ano que vem, e 74% dos entrevistados esperam que o Senado conclua ainda este ano os trabalhos sobre a reforma tributária.

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A avaliação positiva do governo Lula caiu de 20% para 12% entre julho e setembro, e a avaliação negativa cresceu de 44% para 47%.

Agenda

O BC divulga o IBC-Br (9h). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (10h).

O Tesouro Nacional realiza leilão de venda de NTN-B sé TN-B e de LFT. O BC anuncia a oferta de até R$ 4 bilhões em títulos públicos em operação compromissada e realiza leilão de swap cambial de 6 mil contratos (US$800 milhões) em rolagem.

À noite, a China estabelece a taxa de juro de referência (LPR) de 1 e 5 anos (22h15).