A semana promete uma intensa agenda econômica, destacando-se anúncios sobre as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Federal Reserve (Fed) e do Banco da Inglaterra (BoE). Na quarta-feira (31), a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, ganha destaque. Nos Estados Unidos, o relatório de empregos de janeiro, conhecido como payroll, é aguardado, assim como os balanços das gigantes de tecnologia Alphabet (GOGL34), Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34), Microsoft (MSFT34) e Meta (META).
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No cenário brasileiro, nesta segunda-feira (29), estão programados a divulgação do resultado primário das contas do governo central em dezembro e o lançamento do B20 Brasil, com a participação do vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. A Vale (VALE3) também tem deve publicar o relatório de produção e vendas do quarto trimestre. Nos próximos dias, aguardamos indicadores econômicos como o IGP-M, o IPC-Fipe e o IPC-S de janeiro, além dos resultados de dezembro do Caged, da Pnad Contínua e da produção industrial do país.
No Brasil
Os indicadores mistos das bolsas internacionais podem introduzir volatilidade no mercado brasileiro, especialmente no Ibovespa, diante das discrepâncias nos sinais das commodities e das precauções fiscais. A leve queda nos preços do petróleo pode impactar negativamente as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), enquanto os papéis da Vale podem flutuar em meio às expectativas em torno do relatório de produção e vendas do quarto trimestre. Além disso, existe incerteza sobre se a reunião do conselho da mineradora, agendada para terça-feira (30), poderá ser adiada devido à indefinição sobre a recondução de Eduardo Bartolomeo ao cargo.
As ações da Vale podem encontrar suporte na abertura, com a alta de 1,06% no contrato de minério de ferro para maio em Dalian, na China. No entanto, preocupações relacionadas ao setor imobiliário e à desaceleração do lucro industrial na China podem exercer uma influência contrária. O mercado também deverá reagir aos dados do Governo Central, prevendo um déficit primário de R$ 116,70 bilhões em dezembro e um déficit anual de R$ 232,20 bilhões, o que equivale ao pior resultado fiscal em valores correntes desde 2020.
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No cenário cambial, espera-se que o mercado amplie a rolagem de contratos futuros, visando a formação da Ptax na quarta-feira, 31, que coincide com os anúncios das decisões do Copom e do Fed. Economistas consultados indicam que a realização de pelo menos três novos cortes de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, nas reuniões de janeiro a maio, é o cenário base para 93% das 60 casas consultadas.
Em relação ao risco fiscal, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, cancelou a reunião de líderes prevista para esta segunda-feira (29), em Brasília. Apesar do cancelamento, Lira planeja retornar à capital para se envolver mais ativamente nas negociações sobre a medida provisória da reoneração da folha de pagamentos e o veto parcial das emendas de comissão no orçamento deste ano, temas centrais nos primeiros meses de 2024.
AGENDA
Nesta semana, o foco interno está no resultado primário do governo central em dezembro e 2023 (10h30), além da balança comercial da quarta semana de janeiro (15h). Às 9h, o UBS realiza conferência em São Paulo, e o vice-presidente Geraldo Alckmin participa do lançamento do B20 Brasil, marcando o início das agendas do G20 em 2024.
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Após o fechamento do mercado, a Vale divulga o relatório de produção. Nos próximos dias, destaque para o IGP-M e Caged na terça, a decisão do Copom e a Pnad Contínua na quarta, IPC-S na quinta e IPC-Fipe, junto com a produção industrial, na sexta-feira (02).