Os mercados domésticos operam nesta quarta-feira (21) sob a expectativa por sinais de início de queda na taxa básica de juros, Selic, no Comitê de Política Monetária (Copom) e com o evento sobre reforma tributária da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a presença das lideranças do Congresso e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no radar.
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No exterior, além do testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, os destaques ficam com as falas de cinco dirigentes da autoridade monetária em eventos previstos para hoje. Na Ásia, as bolsas reagiram negativamente à falta de mais medidas concretas para estimular a economia chinesa.
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Confira as notícias das empresas na Bolsa
Light (LIGT3)
A Light, em recuperação judicial, confirmou na noite de ontem que Rodrigo Ribeiro Pereira Brandão foi eleito para os cargos de diretor sem designação específica da Light, de diretor presidente da Light SESA, e membro do Conselho de Administração da Light Energia, com efeitos a partir de 20 de julho de 2023. A nomeação foi antecipada pelo Broadcast Energia.
A empresa também confirmou que seu Conselho de Administração recebeu a carta enviada pela WNT Gestora de Recursos, ligada a Nelson Tanure, pedindo a convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a fixação do número de membros do colegiado em nove membros; e a eleição de novos conselheiros. A proposta foi antecipada pelo Broadcast Energia.
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A companhia ainda vai reformular seu Conselho de Administração, uma decisão tomada em consenso pelos seus principais acionistas, segundo apurou o Broadcast. Tanure, com 21% de participação na companhia, deverá ocupar uma das nove cadeiras, informou uma fonte próxima ao assunto.
Oi (OIBR4)
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou ao Broadcast que o segundo processo de recuperação judicial da Oi “é ainda mais preocupante” do que o primeiro, porque a operadora tem menos ativos para vender e colocar as contas em dia. A Oi é a maior concessionária de telefonia fixa do País e entrou em recuperação pela segunda vez em março, três meses após encerrar o primeiro processo do gênero. As dívidas concursais somam R$ 44,3 bilhões.
Suzano (SUZB3)
A Suzano fará a 9ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária (que não desfruta de privilégios ou preferência em relação às outras), em duas séries, no valor de até R$ 1 bilhão, as quais serão objeto de oferta pública de distribuição.
O vencimento da primeira série será de sete anos e o da segunda, de dez anos. Sobre o valor nominal unitário das debêntures incidirão Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), a ser apurado na data de realização do procedimento de bookbuilding.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras voltou a esclarecer que os ajustes de preços de seus produtos são “realizados no curso normal” de seus negócios “com base em análises técnicas e independentes”. O posicionamento da estatal é uma resposta às notícias que circularam na imprensa na semana passada, sugerindo que a empresa teria reduzido
o preço da gasolina às vésperas de aumento de tributos federais.
Ainda sobre a estatal, ontem o Goldman Sachs elevou recomendação para compra para os papéis da Petrobras, mencionando que a companhia conta com um valuation (valor de mercado) atrativo de aproximadamente 15% de rendimento de fluxo de caixa (FCF) para 2024 e 2025. O banco também comenta que os riscos de cauda foram diminuídos após esclarecimentos sobre as políticas de dividendos a serem adotadas pelo novo governo.
Americanas (AMER3)
O presidente da CVM, João Nascimento, disse que o caso Americanas traz indícios de “manipulação informacional”, que se trata de manobras para elevar, manter ou influenciar valores mobiliários com o fim de ter vantagens indevidas. As declarações fazem parte do depoimento de Nascimento na audiência pública da CPI da Câmara dos Deputados, ontem, o que fez os papéis de Americanas, negociados fora do Ibovespa, zerassem os ganhos do dia.
Energisa (ENGI11)
A Energisa fará a 18ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até duas séries, no valor de R$ 1,530 bilhão. As debêntures da primeira série terão prazo de vencimento de três anos e as da segunda série, de cinco anos.
Weg (WEGE3)
A Weg pagará R$ 244,614 milhões em JCP, a R$ 0,058 bruto por ação, aos titulares de ações em 23 de junho de 2023. De 26 de junho de 2023 em diante, as ações serão negociadas “ex-JCP”. O pagamento ocorrerá em 16 de agosto de 2023 e será feito pelo valor líquido de R$ 0,049 por ação.
Cemig (CMIG4)
A Cemig pagará R$ 426,698 milhões em JCP, a um valor bruto de R$ 0,19 por ação. Farão jus, acionistas detentores de ON e PN com posição acionária em 23 de junho, sendo as ações negociadas “ex” a partir do dia 26. O pagamento será feito em duas parcelas iguais, sendo a primeira até 30 de junho de 2024 e a segunda até o dia 30 de dezembro do mesmo ano.
CVC (CVCB3)
A CVC admitiu que manteve conversas com potenciais parceiros e que avaliou eventuais operações que pudessem agregar valor à companhia e aos seus negócios. O posicionamento vem na esteira de notícias de que a Decolar tentou fusão com a companhia. Mas dentre as opções avaliadas, a CVC optou por seguir com a oferta pública de distribuição primária, anunciada na semana passada.
Gafisa (GFSA3)
A Gafisa informou que há dois processos em andamento na Câmara de Arbitragem. No primeiro, a companhia é autora contra Esh Theta Fundo de Investimento Multimercado. Os valores ainda não definidos estão estimados em R$ 500 mil. No segundo, a Esh Theta, como requerente, busca a anulação dos atos praticados pela Gafisa e a responsabilização dos administradores e da Wotan.
Eletrobras (ELET6)
A 11ª Vara Federal do Rio indeferiu o pedido de tutela e urgência para a suspensão da 181ª AGE da Eletrobras, em ação impetrada pela Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel). A assembleia, realizada em fevereiro de 2022, aprovou a separação das subsidiárias Eletronuclear e Itaipu Binacional, que passaram a ser controladas pela ENBPar, como parte do processo de desestatização da Eletrobras.
Setor imobiliário
Em meio à discussão sobre a mudança na correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a vice-presidente de Habitação da Caixa, afirmou que a alteração pode majorar as taxas de juros de financiamento imobiliário. “Uma mudança na remuneração das contas do fundo certamente terão algum nível de impacto no custo do dinheiro, na prestação final da habitação”, disse Inês Magalhães ao Broadcast.