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Mercado hoje: expectativa por reunião do Copom, arcabouço fiscal e reforma tributária atraem atenção do investidor

No exterior, falas de presidente do banco central americano e de mais 5 dirigentes são destaques

Mercado hoje: expectativa por reunião do Copom, arcabouço fiscal e reforma tributária atraem atenção do investidor
Sede do Banco Central (Fonte: Governo do Brasil/Reprodução)

A expectativa por sinais de início de queda na taxa básica de juros, Selic, no Comitê de Política Monetária (Copom) e o evento sobre reforma tributária da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a presença das lideranças do Congresso e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serão acompanhados, nesta quarta-feira (21), com afinco pelos investidores. Lá fora, além do testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, os destaques são as falas de cinco dirigentes da autoridade monetária americana, em eventos.

A moderação dos ativos internacionais pode dificultar o mercado doméstico de tomar um norte, ainda mais porque está aguardando a decisão do Copom, no início da noite, cuja expectativa majoritária é de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. Mais ainda, os investidores querem saber se o Banco Central (BC) fará mudanças em seu comunicado, sugerindo início de afrouxamento monetário em agosto, como muitos esperam.

Após almoçar com o presidente do BC, na segunda-feira, ontem (21) Haddad disse que a relação “pessoal e profissional” com Roberto Campos Neto exige encontros periódicos entre os dois, nos quais há troca de percepções no sentido de buscar “convergir”. Também ontem, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) aumentaram a pressão sobre o BC para cortar os juros.

Além disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a intenção é votar o arcabouço fiscal nesta quarta-feira.

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No exterior, os índices operam com indefinição em meio ao resultado da inflação ao consumidor do Reino Unido acima das expectativas, elevando a possibilidade de o Banco da Inglaterra (BoE) aumentar, amanhã (22), seus juros mais uma vez. Os retornos dos bônus soberanos do Reino Unido (Gilts) ganharam força após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) mais cedo. Para a Capital Economics, cresceram as chances de que o BoE opte por uma elevação de juros mais agressiva, de 50 pontos-base.

Na Ásia, as bolsas asiáticas reagiram negativamente à falta de mais medidas concretas para estimular a economia chinesa.

Agenda

O Copom divulga a taxa Selic no início da noite. Evento da CNI sobre reforma tributária reúne o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a partir das 11 horas.

No exterior, o presidente do Fed, Jerome Powell, testemunha na Câmara dos Representantes (11h). No mesmo horário, falam os diretores Philip Jefferson e Lisa Cook. A presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, participa de evento (13h25), assim como diretora Michelle Bowman e presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester (17h).

*Com informação da Broadcast