- O Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ações da MRV (MRVE3) para R$ 12 em 2024, equivalente a uma valorização potencial de 43% ante o preço da véspera (R$ 8,39)
- Apesar do corte, o banco manteve a classificação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para o papel
- Em relatório divulgado nesta sexta-feira (12), assinado por Daniel Gasparete, o Itaú informa que reduziu as estimativas de lucro em 50% para 2024 e 40% para 2025
O Itaú BBA reduziu o preço-alvo das ações da MRV (MRVE3) para R$ 12 em 2024, equivalente a uma valorização potencial de 43% ante o preço da véspera (R$ 8,39).
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Apesar do corte, o banco manteve a classificação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para o papel.
Em relatório divulgado nesta sexta-feira (12), assinado por Daniel Gasparete, o Itaú informa que reduziu as estimativas de lucro em 50% para 2024 e 40% para 2025. A revisão reflete um menor volume de vendas na Resia, subsidiária que constrói e vende condomínios residenciais para locação nos Estados Unidos, devido a um ambiente ainda desafiador para habitação nos EUA.
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Além disso, o banco espera maiores despesas financeiras para a empresa, principalmente devido aos juros relativos às obrigações de cessão de crédito (venda de recebíveis pró-soluto).
“É improvável que a empresa se recupere em breve, mas o risco descendente parece limitado. Embora possa levar algum tempo para os investidores entrarem novamente na MRV, vemos um risco de queda limitado para o preço das ações, de 10% a 15%, após a recente liquidação”, diz o relatório.
Nesta quinta-feira (11), a MRV registrou a maior baixa (-11,87%) do Ibovespa na sessão. Para a Guide Investimentos, a queda foi “exagerada”, porque, apesar dos rumores de que a empresa poderia apresentar um lucro muito menor que o consenso em 2024, considera que a MRV deve “surfar nas melhores condições do Minha Casa, Minha Vida (MCMV)” e “cumprir o guidance para 2025”.
Após o fechamento do pregão na noite de ontem, a MRV reportou prévia operacional com recorde histórico de vendas líquidas no quarto trimestre de 2023 no segmento Incorporações, tanto em um único trimestre, como no ano completo, alcançando a marca de R$ 2,3 bilhões nos três meses e de R$ 8,5 bilhões no total do ano.
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Para o BBA, a prévia operacional do terceiro trimestre de 2023 confirma que a recuperação da empresa está em andamento, por considerar que os números mostram que a companhia “está no caminho certo para melhorar a lucratividade”. “Tanto as vendas como a geração de caixa ficaram em linha com as nossas estimativas, dando algum suporte às nossas expectativas de níveis de lucro líquido mais normalizados, agora adiados para 2026 em vez de 2025, diz o relatório.
Já o Citi considera que os dados operacionais da MRV&Co (MRVE3) foram desanimadores tanto no Brasil quanto no exterior, destacando perda significativa de lançamentos, que totalizaram R$ 2,065 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 25,3% na comparação com o mesmo período de 2022 e ficando 29% abaixo do esperado pelo banco.
Por fim, mesmo a MRVE3 acumulando a maior baixa do Ibovespa em 2024, a XP Investimentos se posicionou de forma positiva sobre a empresa, recomendando compra com preço-alvo de R$ 17 por ação — praticamente o dobro da cotação atual.