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- As ações da MRV (MRVE3) são a maior queda do Ibovespa em 2024, acumulando uma desvalorização de 25,22%
- A XP Investimentos se posicionou de forma positiva sobre a empresa, recomendando compra do papel com preço-alvo de R$ 17,00 por ação
- Mesmo com a desvalorização de 25,22% nas primeiras duas semanas de 2024, o acumulado em 12 meses das ações da construtora é positivo, de 9,67%
As ações da MRV (MRVE3) são as que apresentam a maior queda no Ibovespa em 2024, acumulando uma desvalorização de 25,29% até o pregão desta quinta-feira (11). Os papéis iniciaram o ano valendo R$ 11,22, mas agora estão cotados a R$ 8,39. Ainda assim, a XP Investimentos se posicionou de forma positiva sobre a empresa, recomendando compra com preço-alvo de R$ 17 por ação — praticamente o dobro da cotação atual do MRVE3.
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De acordo com os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton, em documento divulgado nesta sexta-feira (12), a “MRV apresentou dados operacionais ligeiramente positivos no quarto trimestre de 2023, parcialmente compensados por um cenário de queima de caixa ainda pressionado (embora melhor) nas operações brasileiras”.
Segundo o banco de investimentos, as vendas sobre oferta (VSO) atingiu valorização de 31,1%, ajudado pelo forte desempenho das vendas líquidas, além de um crescimento no preço médio por unidade vendida, de 16% no setor de baixa renda e 19% na MRV+Sensia.
Outro fator que corroborou para a análise da XP foram as vendas líquidas recordes nas operações core, atingindo R$ 2,31 bilhões no quarto trimestre de 2023 (aumento de 4%) e totalizando R$ 8,54 bilhões em 2023 (+45% ao ano), reforçando um sólido momento de demanda.
A queda nas ações da MRV
Os papéis da MRV nem sempre estiveram com esse movimento de queda. Mesmo com a desvalorização de 25,29% nas primeiras duas semanas de 2024, o acumulado em 12 meses das ações da construtora é positivo em 9,67%.
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De acordo com a análise de Victor Bueno, sócio da Nord Research, em entrevista ao Broadcast, o movimento de queda da MRV pode ser justificado pela medida provisória (MP) da reoneração da folha de pagamentos para as construtoras.
“Com isso, essas empresas, principalmente as que atuam no Minha Casa Minha Vida (MCMV), deverão ter dificuldades de manter as projeções para o ano atual e para os próximos”, afirma Bueno, lembrando que a pressão nas margens do setor também pode vir da alta nos custos de materiais de construção.
A reoneração da folha de pagamento será realizada de forma gradual, a partir do dia 1.º de abril de 2024, valendo para 17 setores da economia, sendo o de construção um deles.