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As novatas de 2021 na B3 que merecem entrar no radar dos investidores

Analistas acreditam que novas empresas do setor de tecnologia devem abrir capital na B3

As novatas de 2021 na B3 que merecem entrar no radar dos investidores
Foto: Evanto Elements
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  • Até o momento, quinze IPOs já foram realizados
  • Para especialistas, o grande destaque dessa nova temporada de estreias vai para os papéis ligados a empresas tech, cujo setor ainda engatinha na Bolsa
  • A Mosaico foi a companhia mais indicada pelos analistas. Dona de marcas como Zoom, Buscapé e Bondfaro, a empresa registrou forte demanda pelos papéis no IPO, com captação superior a R$ 1 bilhão

O mercado brasileiro está otimista com a entrada de novas companhias na Bolsa. Até esta quinta-feira (18), quinze Ofertas Públicas Iniciais (IPOs), na sigla em inglês, já foram realizadas. Somando todas ofertas primárias e secundárias das estreantes, o volume de captação é superior a R$ 11 bilhões. Ao todo, há 33 ofertas protocoladas junto à CVM e ventila no mercado a expectativa de que até 100 IPOs saiam do papel até o final de 2021. Com novos papéis sendo listados na B3, quais merecem atenção de investidores?

Por ora, Bemobi (BMOB3), Cruzeiro do Sul (CSED3), EspaçoLaser (ESPA3), Focus Energia (POWE3), Intelbras (INTB3), Jalles Machado (JALL3), Mobly (MBLY3), Mosaico (MOSI3), Westwing (WEST3), Orizon (ORV3), Eletromidia (ELMD3), Grupo Vamos (VAMO3), HBR Realty (HBRE3) e Ocean Pact (OPCT3) são as empresas que já realizaram o IPO neste ano. Nesta quinta-feira a CSN Mineração realiza sua oferta publica inicial.

“Estamos com um fluxo de IPOs bem positivo e essa janela deve permanecer em 2021, já que muitas empresas vão continuar acessando o mercado através de abertura de capital”, diz Rodrigo Moliterno, chefe de renda variável e sócio da Veedha Investimentos.

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Quem acompanha o movimento de novas ofertas consegue observar a forte demanda pelos papéis estreantes, assim como o tamanho das captações – bem inferior ao que se via no passado. “Estamos vendo empresas que estão buscando abrir capital na Bolsa, com captação entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões. Nos últimos anos, as ofertas têm sido em torno de R$ 1,5 bilhão, R$ 2 bilhões”, afirma Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.

A alta demanda também tem chamado a atenção dos especialistas e de grandes gestores. “Apesar do varejo estar bem aquecido, quem ainda dita o andamento das ações e a precificação no IPO é o investidor institucional. As pessoas buscando alternativas de investimento além das ‘velhas’ ações de praxe, que negociam em bolsa”, diz Moliterno.

Tecnologia em alta

Para especialistas ouvidos pelo E-Investidor, o grande destaque dessa nova temporada de estreias é dos papéis ligados a empresas tech, cujo setor ainda é muito incipiente na bolsa brasileira. “O setor de tecnologia caminha a passos muito lentos no Brasil, mas tem tudo para começar a ganhar mais força”, afirma Bertotti.

A Mosaico foi a companhia mais indicada pelos analistas de mercado. Dona de marcas como Zoom, Buscapé e Bondfaro, a empresa registrou forte demanda pelos papéis no IPO, com captação superior a R$ 1 bilhão.

O papel, precificado no topo da faixa indicativa de preço, a R$ 19,80, disparou 97% no primeiro dia de negociações na B3, cotado a R$ 39. “É uma ação que faz muito sentido no longo prazo, inclusive pensando em 2021. Mesmo com a forte alta, o papel ainda negocia a múltiplos mais atrativos do que os seus pares”, diz Victor Bueno, analista da Top Gain, startup de análise e educação financeira.

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Nesta quarta-feira (17), o papel MOSI3 foi negociado a R$ 30,50, com queda de 2,71%, em relação aos R$ 31,35 da sexta (12).

Outra ação destacada é a da Bemobi, que abriu capital na B3 na quarta-feira (10), em queda de 2,73%, e cotada a R$ 21,40 no fechamento do pregão. A empresa, uma das maiores de aplicativos do mundo, precificou o papel em R$ 22, próximo do topo da faixa de preço estimada, que variava de R$ 17,60 a R$ 23,10. O resultado foi uma captação de R$ 1 bilhão.

“A ação chegou a saltar 36% na abertura, mas passou a cair na sequência porque o mercado estava nervoso devido a questões internas”, diz Moliterno, sócio da Veedha. “Esse foi um IPO de bastante demanda e o papel tem atraído atenção.”

O analista lembra ainda que apesar de qualquer indicação, os investidores precisam ficar atentos aos riscos de investir em renda variável. “As ações novas acabam atraindo a atenção de todo mundo, mas o investidor tem que analisar bem e saber no está entrando”, diz. O recado está dado: o investidor não pode entrar no IPO só por entrar.

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