

O Morgan Stanley e o Goldman Sachs recomendam compra para as ações do Nubank (ROXO34) em meio às perspectivas para o novo empréstimo consignado privado e ao avanço do banco no núcleo da alta renda, mostram relatórios desta segunda-feira (16).
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O Morgan Stanley e o Goldman Sachs recomendam compra para as ações do Nubank (ROXO34) em meio às perspectivas para o novo empréstimo consignado privado e ao avanço do banco no núcleo da alta renda, mostram relatórios desta segunda-feira (16).
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Para o Morgan Stanley, o “roxinho” deve se tornar líder do mercado de empréstimo consignado privado com a participação de até 10% em 2026, contra expectativas do restante do mercado de apenas 3% a 4%. “Essa ampla divergência nas premissas é um dos principais motivos pelos quais nossa previsão de lucro líquido para 2026 está 20% acima do consenso”, dizem Jorge Kuri, Jorge Echevarria, Andrew Geraghty e Nicole Alcalay, que assinam o relatório do Morgan Stanley obtido pelo E-Investidor.
A equipe diz acreditar que o Nubank será um vencedor em empréstimos consignados. Eles explicam que essa convicção se baseia nas vantagens competitivas do banco digital: escala para distribuição com uma estrutura de custos reduzida. O trio explica que o setor brasileiro de empréstimos consignados permanece altamente concentrado e estruturalmente ineficiente.
Os cinco maiores bancos controlam mais de 70% do mercado de crédito consignado e dependem frequentemente de corretores terceirizados, que cobram altas comissões. Os analistas Morgan Stanley dizem que esses custos estão embutidos na precificação dos empréstimos, levando a spreads (margens) excessivos cobrados pelos bancos tradicionais.
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Eles relatam que o Nubank tem um modelo distintamente diferente. Com 105 milhões de clientes no Brasil — 60% da população adulta — ele já se relaciona com uma parcela significativa dos usuários de empréstimos consignados.
“Estimamos que cerca de 55% dos saldos de empréstimos consignados no Brasil são detidos por clientes do Nubank, embora o próprio Nubank ainda não empreste para a maioria deles. Fundamentalmente, o modelo de distribuição digital direto ao consumidor do Nubank permite que ele desintermedie o canal de corretoras e ofereça taxas de 15% a 30% abaixo das concorrentes”, argumentam os analistas do Morgan Stanley.
Os analistas do Goldman Sachs explicam que o Nubank obteve progresso significativo na conquista de participação de mercado com clientes de média e alta renda, conforme apontam dados do Banco Central (BC) sobre crédito do setor financeiro em abril. Além disso, o crescimento do crédito está, na maioria, acima das expectativas, principalmente para empréstimos pessoais.
“A participação de mercado na alta renda aumentou 0,1 ponto porcentual em relação ao mês anterior e 1,9 ponto porcentual no acumulado do ano, atingindo 15,1%”, detalham Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Lindsey Shema, que assinam o relatório do Goldman Sachs. A entrada do Nubank no segmento de alta renda é positiva pelo fato de o banco conseguir consumidores mais resilientes aos ciclos macroeconômicos, tendendo a reduzir inadimplência e provisões (dinheiro gasto para cobrir os calotes dos clientes).
Além disso, a participação de mercado na média renda (3 a 10 salários mínimos) aumentou 0,5 ponto porcentual em abril e 5 pontos porcentuais desde dezembro, atingindo 16,9%. Na visão dos especialistas, a concessão geral de empréstimos do Nubank está acima do esperado por eles. Com base nos novos números, o Nubank deve conceder R$ 140 bilhões em empréstimos no segundo trimestre de 2025.
“Isso implicaria um crescimento de 9% em relação ao trimestre anterior e 41% em relação ao ano anterior (4% acima do que nós estimávamos), com os empréstimos de cartão de crédito crescendo 6% em relação ao trimestre anterior e 21% em relação ao ano anterior”, argumentam Labarta, Binsfeld e Shema.
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Ou seja, os dois bancos mostram otimismo em relação ao Nubank (ROXO34). O Morgan Stanley tem classificação de overweight para o ativo, que é equivalente à recomendação de compra. O preço-alvo é de US$ 18 para o papel do “roxinho” em Nova York, alta de 51,26% na comparação com o fechamento de sexta-feira (13), quando a ação encerrou o pregão a US$ 11,90. O Goldman Sachs também recomenda compra, com preço-alvo de 18,00, o que representa alta de 51,26%.
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