O que este conteúdo fez por você?
- Bitcoin foi estruturado para ser uma moeda deflacionária e realiza o halving para manter o número de 21 milhões de unidades feitas até o ano de 2140
- Evento corta pela metade a oferta diária da moeda virtual e a partir da data o processo de mineração vai passar a emitir 6,25 bitcoins
- Criptomoeda deve se valorizar e pode ser uma boa alternativa de diversificação para investidores
Quando o Bitcoin foi criado, em 2009, ele foi estruturado para ser uma moeda deflacionária. Para isso acontecer, existe um número limitado da criptomoeda e elas são produzidas gradualmente através do processo de mineração.
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Ao total, serão 21 milhões de unidades feitas até o ano de 2140. Em uma média de 10 minutos, em cada processo, é produzido e validado um novo bloco.
Dessa forma, a cada 210 mil blocos de Bitcoins gerados (uma média de quatro anos) acontece um evento técnico chamado halving. Nele, efetua-se uma redução de 50% da recompensa financeira da mineração da moeda virtual.
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Ou seja, o processo de mineração que emite hoje 12,5 novos Bitcoins para o minerador que validar o bloco, passará a fornecer apenas 6,25 depois do halving. No total, os 1800 Bitcoins emitidos diariamente vão cair para apenas 900.
Como depende de chegar a meta de emissão de novos blocos, o halving não tem data fixa, o último ocorreu no ano de 2020, quando o número máximo de criptomoedas mineradas por bloco caiu de 12,5 para 6,25. Já o primeiro halving do Bitcoin se deu em novembro de 2012, enquanto o segundo ocorreu em setembro de 2016.
“O efeito dele é que o Bitcoin fica mais escasso e concorrido, assim mantém a característica deflacionária da moeda”, diz Safiri Felix, diretor-executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).
Tendência é o preço subir mais ainda
Como o preço do Bitcoin é definido pela oferta e demanda do ativo, Daniel Coquieri, COO da BitcoinTrade, explica que o choque na oferta faz ele se valorizar. “Temos uma demanda global estável e subindo. Somando isso com a diminuição da oferta, o preço tende a subir.”
Felix concorda com esta visão. Para ele, o amadurecimento do mercado nos últimos anos trouxe um maior interesse tanto dos investidores como do varejo na criptomoeda.
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Assim, o Bitcoin tem se tornado cada vez menos volátil e deve se beneficiar com a redução da oferta. “A soma desses fatores têm sustentado o preço e impulsionado as altas”, diz o executivo da ABCripto.
Últimos halvings foram positivos
Além da crescente demanda no momento pelo Bitcoin, os especialistas citam os bons resultados dos eventos anteriores para justificar a valorização da criptomoeda.
Pouco mais de um ano após o primeiro halving, o preço de negociação do Bitcoin saltou de US$ 12 para mais de US$ 1 mil. Um resultado surpreendente.
Já no segundo ajuste, também após pouco mais de um ano, a cotação dele foi de US$ 700 a US$ 20 mil. Com esses dados, é inegável que os últimos halvings são bons indicadores da capacidade que o evento tem de gerar valor para o Bitcoin.
O último halving foi de encontro com isso. Em 2020, o BTC era negociado a US$ 8.821 na data em que ocorreu o evento. Depois, como esperado pelos especialistas, o valor se multiplicou e chegou a quase 8 vezes o valor pré-halving em menos de um ano.
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Assim, os especialistas acreditam que o Bitcoin é uma boa aplicação para diversificar seus investimentos, pois a atratividade está e deve continuar muito grande.