(Lorenna Rodrigues, Estadão Conteúdo) A expectativa de crescimento da economia brasileira em 2020 caiu de alta de 1,68% para 1,48%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje pelo Banco Central.
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Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 2,20%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar. A projeção, no entanto, está bem acima da feita pelo governo. Na última sexta-feira (20), a equipe econômica revisou a estimativa para o desempenho da economia em 2020 de alta de 2,1% para apenas 0,02%.
Em dezembro, o BC havia atualizado, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2020, de alta de 1,8% para elevação de 2,2%. Uma nova estimativa será divulgada no RTI da próxima quinta-feira (26). No início de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o crescimento do PIB em 2019 ficou em 1,1%. Em fevereiro, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) teve baixa de 0,27% em dezembro ante novembro, na série com ajustes sazonais.
E como fica a Selic?
Após o Copom cortar os juros em 0,5 ponto porcentual na semana passada, para 3,75% ao ano, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic no fim de 2020 e para os próximos três anos.O Focus trouxe hoje que a mediana das previsões para a Selic neste ano permanece em 3,75%. Há um mês, estava em 4,25%.
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Já entre as instituições que mais acertam projeções no médio prazo, denominadas Top 5, a estimativa para a Selic no fim de 2020 permaneceu em 3,38%. Há quatro semanas, estava em 4,25%. Considerando todos os participantes do Focus, a projeção para a Selic no fim de 2021 foi mantida em 5,25% de uma semana para a outra, ante 6,00% de quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção continuou em 6,00%, também a mesma de um mês antes.
Para 2022, permaneceu em 6,25%, era 6,50% quatro semanas atrás. No Top 5, a projeção para a Selic ao fim 2021 permaneceu em 5,00%, ante 5,75% de quatro semanas antes. Para 2022 e 2023, as estimativas para a Selic no Top 5 continuaram em 6,00%.
No comunicado da decisão de cortar a Selic para 3,75% ao ano na semana passada, o Copom avaliou que, neste momento, vê como adequada a manutenção da taxa de juros em seu novo patamar. “No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos”, ponderou o Copom.
Além disso, o BC enfatizou novamente que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.