- A Paranapanema (PMAM3) fez um acordo com Scotiabank Brasil para suspender o pedido de falência realizado no início de dezembro
- Após o anúncio, os papéis da companhia registraram alta de 2,88%, R$ 10, no pregão desta segunda-feira (28)
- A produtora de cobre já foi uma das empresas mais relevantes da bolsa brasileira, mas perde cada vez mais espaço desde os anos 90 por conta de crises internas
Em fato relevante divulgado neste domingo (27), a Paranapanema (PMAM3) informou que chegou a um acordo com o banco Scotiabank Brasil para suspender o pedido de falência aberto contra a empresa no início de dezembro. A recuperação judicial é reflexo de uma dívida de R$ 174,4 milhões, vencida desde agosto.
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As ações reagiram após o anúncio. Os papéis da companhia registraram alta de 2,88%, R$ 10, no pregão desta segunda (28).
O trato entre as instituições prevê o cancelamento dos cinco adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACCs), cujos efeitos já estavam suspensos por conta de uma decisão judicial obtida pela companhia, a desistência imediata do pagamento da dívida e o fim do pedido de falência.
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“A retomada das negociações, ainda dentro deste ano, foi possível graças ao empenho de nossos conselheiros, acionistas e dos próprios credores. Estamos trabalhando em uma proposta que atenda a todos os credores”, afirma Luiz Aguiar, diretor-presidente da Paranapanema, em comunicado enviado à imprensa.
Do estrelato ao anonimato
Fundada em 1956, a Paranapanema (PMAM3) ainda é a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas. Porém, seus dias de glória ficaram para trás há muito tempo.
Na bolsa brasileira desde 1971, a companhia detinha aproximadamente 25% do Ibovespa nos anos 90 e era um dos maiores grupos empresariais do País, chegando a controlar 73 empresas. De lá para cá, a Paranapanema passou por seguidas crises internas, dificuldades financeiras e reformulações.
Com isso, a empresa viu sua ação cair do status de blue chip para um ativo irrelevante na B3. Atualmente, o principal índice que o PMAM3 compõe é o Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM).
O peso do papel dentro do índice é irrisório, com participação de 0,029%, segundo dados do Estadão/Broadcast. Até o momento, a PMAM3 tem desvalorização de 65,62% no acumulado de 2020. Enquanto isso, o IGC-NM sobe 9,65%, aos 4.293,27 pontos.
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