O Bradesco BBI rebaixou a recomendação da Petrobras (PETR3; PETR4) de outperform (equivalente a compra) para neutra e cortou o preço-alvo da ação preferencial (PN) de R$ 48 para R$ 41, representando potencial de valorização limitado de 2% sobre o fechamento de quinta-feira, 7. O movimento ocorre na esteira da decepção do mercado financeiro com a ausência de dividendos extraordinários.
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A Petrobras optou por reter caixa, conforme antecipado pelo Broadcast, enquanto o mercado esperava montante entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões em dividendos extraordinários, segundo o BBI. A estatal disse que US$ 8,8 bilhões em dividendos poderiam ser retidos para um potencial pagamento no futuro, mas o momento disso segue incerto.
“Esta decisão traz incerteza à política, que costumava ser muito clara”, afirmam os analistas Vicente Falanga, e Gustavo Sadka, em relatório enviado a clientes.
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Com isso, ambos reduzem a premissa de US$ 5 bilhões de dividendos extraordinários por ano para US$ 2 bilhões por ano, além de pagamento de dividendos mínimos de US$ 9,6 bilhões para o resto de 2024 e de US$ 7,8 bilhões para 2025, fazendo com o que o rendimento de dividendos para a Petrobras fique em 9% tanto para 2024 quanto para 2025, caindo em relação aos 12% atuais e com possíveis desvantagens adicionais.
“Na perspectiva de investidores de mercados emergentes, acreditamos que os fluxos poderiam se afastar da Petrobras para as petrolíferas chinesas (PetroChina, Sinopec), dada a recente reviravolta na disciplina de capital e o forte programa de recompra, e também por conta de uma potencial oferta secundária da
Aramco”, afirmam Falanga e Sadka. Ambos dizem que o movimento também considera que o rendimento justo de dividendos é de 12% para os próximos cinco anos.