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- Há quem veja os demais indicadores da petroleira com bons olhos.
- Petroleira segue com ótima conversão de resultados em dinheiro.
- A geração de caixa de US$ 8,5 bilhões ajuda a sustentar os dividendos .
A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou balanço financeiro na noite desta quinta-feira (9), reportando queda superior a 42% no lucro líquido, mas, ainda assim, há quem veja os demais indicadores da petroleira com bons olhos, a exemplo da Jefferies Group, para quem a estatal trouxe “bons resultados e manutenção de dividendos elevados no terceiro trimestre de 2023”, conforme relatório encaminhado ao mercado.
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No documento, o banco de investimentos norte-americano destaca que a Petrobras segue com ótima conversão de resultados em dinheiro, bem como a geração de caixa de US$ 8,5 bilhões ajuda a sustentar os dividendos com rendimento de 14%. O Jefferies recomenda compra para ADR (recibos que permitem ao investidor comprar nos Estados Unidos ações de empresas não americanas) de Petrobras ON (PBR) e ressalta upside de 39,5% sobre o fechamento da véspera (US$ 15,20, com alta de 1,60%).
O Citi, por sua vez, divulgou relatório afirmando enxergar solidez nos resultados da Petrobras no trimestre, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) em linha crescendo cerca de 15% ante o trimestre anterior deste ano e impulsionado por margens mais altas em todas as linhas de negócios.
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O pagamento de dividendos de R$ 1,34 por ação é um dos destaques para o Citi, com retorno de 3,5% para ações ON (PETR3) e de 3,8% para o papel PN (PETR4). A instituição financeira recomenda, ainda, posição neutra para o ADR e preço-alvo de US$ 15.
Otimismo com cautela
Para a Genial Investimentos, a companhia reportou um balanço neutro, com os números operacionais sólidos, derivados do atrativo preço do Brent e da produção recorde. “O preço realizado do Brent no trimestre foi de US$ 86,7/barril, acima da nossa estimava de US$82/barril”, diz.
A corretora acrescenta que somados a produtividade recorde, os números ficaram acima de sua estimativa e razoavelmente em linha com o consenso. “O maior risco de curto prazo para tese da empresa diz respeito ao seu novo plano de investimentos, que deve não apenas incrementar o volume esperado atual de investimentos (US$78 bilhões 2023-2026), como também ter um foco maior em transição energética”, pontua.
- Veja também: Quanto do risco político é real na Petrobras?
O grande receio da Genial, conforme descrito no relatório, trata do porcentual desse novo valor a ser divulgado em breve e que deverá ser alocado nos negócios de transição energética e sobre como todo esse processo deverá afetar a distribuição de dividendos da empresa.
Do lado das “grandes incertezas”, a Genial pontua:
- Deságio em relação aos preços de paridade internacional;
- Investimentos em novas refinarias (a despeito do passado controverso no desenvolvimento de suas últimas refinarias);
- Aumento do uso da empresa como apoio para políticas de conteúdo nacional, o que deve pressionar a linha de investimentos da empresa.
Vale lembrar que a Genial tem recomendação de manutenção (neutro) para a Petrobras, com preço-alvo em R$ 38.