Ibovespa hoje renova máxima do ano; Braskem desaba e é destaque negativo do dia

O destaque do dia foi o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Ainda que a autoridade monetária dos EUA tenha sinalizado que é cedo para falar de fim da alta de juros por lá, o mercado entendeu a fala completa como um sinal positivo.

“O mercado está se baseando nos dados recentes e já vem precificando um cenário de ‘soft landing’ nos EUA, e com isso a probabilidade de um corte de juros em Março/2024 ganhou força, e já está acima de 50%”, diz Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. “Com as treasuries recuando, os ativos de risco voltaram a ganhar força.”

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Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 subiram 0,82% e 0,59%, respectivamente. A Nasdaq teve uma alta de 0,55%.

O dólar e o euro tiveram um dia de desvalorização frente ao real. A moeda americana caiu 0,7%, a R$ 4,88, enquanto a europeia caiu 0,86% a R$ 5,30.

Os três papéis que mais desvalorizaram no dia foram Klabin (KLBN11), Braskem (BRKM5) e Suzano (SUZB3).

Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:

Klabin (KLBN11): -6,25%, R$ 21,16

A unit da Klabin liderou as perdas do dia no Ibovespa, caindo 6,25% a R$ 21,16, após o Itaú BBA rebaixar a recomendação da companhia de neutra para venda, mencionando “preço pouco atrativo e fluxo de caixa limitado à frente”.

A KLBN11 sobe 12,02% no ano.

Braskem (BRKM5): -5,85% R$ 18,01

As ações da Braskem tiveram uma queda de 5,85% no dia, pressionadas pelo risco de colapso de uma mina da companhia em Maceió, em Alagoas. Veja detalhes do caso, que colocou a capital alagoana em estado de emergência.

A queda dos papéis mostra que investidores estão atentos a duas possibilidades: maior endividamento da companhia, e atraso nas negociações para venda da fatia da Braskem pela Novonor. A BRKM5 encerrou o pregão cotada a R$ 18,01.

Os papéis caem 24,20% no ano.